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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Empresários de aviação agrícola pedem mudanças nas regras do BNDES

Sindicato das empresas do setor deve apresentar esta semana documento pedindo a volta dos financiamentos pagos por safra






O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag),
deve entregar esta semana ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) um documento pedindo a volta dos
 financiamentos de aeronaves com pagamento por safra.
O tema esteve na pauta de uma reunião na última semana, entre o
presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e o chefe do
Departamento de Máquinas e Equipamentos do BNDES, Paulo Sodré.
O encontro foi na sede do BNDES no Rio de Janeiro e teve a presença
também do secretário do sindicato aeroagrícola, Francisco Dias da Silva
e do suplente da diretoria, Júlio Augusto Kämpf.

Conforme Paim, a mudança de regras no Finame, pelas quais os
prestadores de serviço têm acesso apenas financiamentos com prestações
mensais, está dificultando a renovação e ampliação da frota pelas empresas
de aviação agrícola. “O operador aeroagrícola recebe por safra e por isso
não tem como pagar diferente. Ele segue o calendário do produtor a quem
presta o serviço. Precisamos que o banco entenda isso e volte às regras
de antes”, desabafa o presidente.

OTIMISMO

Pelo acerto da reunião no Rio, o documento elaborado pelo Sindag
deverá ser levado à diretoria do BNDES, que deve bater o martelo
sobre a questão. Paim aposta na boa vontade do banco “que nesse
primeiro encontro parece ter se sensibilizado sobre o problema”.
Conforme o Sindag, o Brasil tem atualmente a segunda maior frota
de aviões agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), a frota aeroagrícola nacional é de mais
 de 1,7 mil aviões.

Paim explica que a aviação agrícola emprega atualmente 1,4 mil pilotos,
450 agrônomos, mais de 1,3 mil técnicos agrícolas (especializados em
operações aéreas) e em torno de 4 mil auxiliares. “A aviação fatura
anualmente em torno de R$ 936 milhões e gera R$ 234 milhões em
impostos. São cerca de 495 mil horas voadas por ano”, assinala.
“É um setor que utiliza tecnologia de ponta, o que faz dele a forma de
aplicação mais segura para o meio ambiente. Mas para isso precisa de
muito investimento por parte do empresário, que precisa ter capacidade
de renovação.”

Além de pulverizações, os aviões são usados no trato de florestas,
aplicação de fertilizantes e até em combate a incêndios em áreas de
preservação. Segundo levantamento do site Agronautas (especializado
em aviação agrícola) nos registros da ANAC, atualmente são 228 empresas
operando no setor, 79 delas no Rio Grande do Sul (34,6% do total), 35 em
São Paulo (15,4%), 28 em Mato Grosso (12,3%), 25 no Paraná (11,0%) e
17 em Goiás (7,5%).

Fonte: Mídia News


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