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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Empresa utiliza vicinal como pista de pouso e decolagem em Anhembi, SP


Segundo prefeitura, o uso não foi autorizado pelos órgão competentes. Já a direção da empresa se defende e diz, em nota, que tem autorização.


Em Anhembi (SP), o motorista que usa a vicinal que liga a cidade ao distrito de Piramboia se depara, no meio do caminho, com uma pista de pouso e de decolagem particular. O trânsito foi desviado para que um pequeno avião utilize a pista de terra. Mas segundo os motoristas que passam pela via, o local é mal sinalizado e coloca em risco quem trafega na área.
A pista é usada pelos pilotos de um avião agrícola, utilizado para pulverizar ou adubar plantações, que presta serviços a uma empresa produtora de painéis de madeira industrializada. Para decolar e pousar com produtos usados na plantação de eucalipto, a empresa construiu a pista, utilizando parte de uma estrada vicinal.
“Aqui ninguém passa, porque está fechada. Mas, até o final de semana acaba a adubação e a pista vai ser liberada”, afirma um piloto, que não quis se identificar. O trabalho de adubação deve durar algumas semanas. Enquanto isso, os motoristas que passam pela vicinal precisam usar outra estrada de terra, bem mais estreita, que fica ao lado da plantação.
Pista é usada para pouso e decolagens de avião agrícola em Anhembi.  (Foto: reprodução/ TV Tem )Pista é usada para pouso e decolagens de avião agrícola em Anhembi. (Foto: reprodução/ TV Tem )






A vicinal João Clemente de Almeida tem 9 km e é a principal ligação entre a cidade de Anhembi e o distrito de Piramboia, onde moram aproximadamente 1300 pessoas. Quem precisa passar pela via, não gostou do desvio improvisado. “Tem que ser melhor sinalizado, ter mais segurança, eu passei e estava tempo de chuva e fiquei com muito medo”, afirma a dona de casa Vitória Oliveira.
“É muito estranho, passa carro toda a hora aqui e não tem segurança nenhuma, além da falta de sinalização”, completa o motociclista Ricardo de Oliveira. A reclamação dos moradores chegou ao vereador Rodrigo Elias Pinto (PSDB), que fez um requerimento cobrando explicações da prefeitura e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que esta executando uma obra de asfaltamento da via.
“Mesmo que seja temporário, provisório, pedi explicações se existe autorização da Anac, se órgão municipais competentes estão acompanhando e fiscalizando a obra na pista. E outra questão que me chamou atenção é a segurança da população que usa esse acesso. O que a gente pode constatar é que não existe sinalização e nenhuma menção dessa sinalização. Isso também causa preocupação”, ressalta.
Segundo o diretor de Obras de Anhembi, José Carlos da Silveira, a prefeitura não autorizou a empresa a usar parte da vicinal como pista de pouso. “Eles não pediram autorização, eles entraram em contato com a prefeitura para saber que estava executando as obras de pavimentação da via. Esse foi o único contato feito. Não sabemos quem autorizou o uso da via, mas, não foi a prefeitura”, afirma.
Sem gravar entrevista, o piloto do avião disse que a autorização teria partido de um engenheiro do DER. “Os caminhões pararam o serviço que estavam fazendo aqui para usarmos a pista. Eles esperaram o uso para voltar ao serviço que estavam fazendo”, conta. A reportagem da TV Tem ligou para o engenheiro Carlos Correa, responsável pela obra de asfaltamento da vicinal. Ele negou que tenha autorizado a abertura da pista de pouso. Como mostra a descrição da gravação telefônica:
Repórter: Não houve autorização do DER? O senhor não autorizou lá?
Engenheiro: Não, não, porque não tem nada a ver com o DER aquilo lá.
Repórter: Não tem a nada a ver com DER, então?
Engenheiro: Não, de jeito nenhum. Tão logo eles terminem o serviço a pista vai ser desativada, num vai ficar eternamente lá.
Repórter: Então, eles se comprometeram com o senhor de desmanchar?
Engenheiro: Lógico, se eles não desmancham, eu desmancho.
Em nota, a assessoria de imprensa da empresa que contratou o serviço aéreo de pulverização informou que tem autorização da prefeitura de Anhembi e da secretaria de Transportes do município para utilizar parte da estrada como pista de pouso e decolagem. E que a pulverização deverá terminar ainda esta semana. Sobre essa afirmação, o diretor de Obras afirma que a empresa protocolou um ofício na prefeitura no dia 1º de novembro pedindo autorização de uso da estrada entre os dias 22 de outubro e 10 de novembro. E que o Departamento Jurídico ainda está analisando o pedido.
Segundo a prefeitura, o uso da via não foi autorizado e falta sinalização correta.  (Foto: reprodução/ TV Tem )Segundo a prefeitura, o uso da via não foi autorizado e falta sinalização correta. (Foto: reprodução/ TV Tem )Fonte: Tv Tem, G1

Avião bi-motor que ia para Cabo Frio, RJ, faz pouso emergencial na capital


De acordo com a Infraero, um dos motores do avião falhou.
Técnicos e mecânicos realizaram uma inspeção na aeronave.



Um avião bi-motor que saiu do interior de São Paulo em direção à Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, fez um pouso de emergência por volta das 9h30 da manhã desta terça-feira (6) no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.
De acordo com a Infraero, um dos motores do avião falhou. No início da tarde desta terça-feira (6), técnicos e mecânicos farão uma inspeção na aeronave. Cinco passageiros estavam à bordo e não ficaram feridos.
Fonte: G1

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Empresários de aviação agrícola pedem mudanças nas regras do BNDES

Sindicato das empresas do setor deve apresentar esta semana documento pedindo a volta dos financiamentos pagos por safra






O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag),
deve entregar esta semana ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) um documento pedindo a volta dos
 financiamentos de aeronaves com pagamento por safra.
O tema esteve na pauta de uma reunião na última semana, entre o
presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e o chefe do
Departamento de Máquinas e Equipamentos do BNDES, Paulo Sodré.
O encontro foi na sede do BNDES no Rio de Janeiro e teve a presença
também do secretário do sindicato aeroagrícola, Francisco Dias da Silva
e do suplente da diretoria, Júlio Augusto Kämpf.

Conforme Paim, a mudança de regras no Finame, pelas quais os
prestadores de serviço têm acesso apenas financiamentos com prestações
mensais, está dificultando a renovação e ampliação da frota pelas empresas
de aviação agrícola. “O operador aeroagrícola recebe por safra e por isso
não tem como pagar diferente. Ele segue o calendário do produtor a quem
presta o serviço. Precisamos que o banco entenda isso e volte às regras
de antes”, desabafa o presidente.

OTIMISMO

Pelo acerto da reunião no Rio, o documento elaborado pelo Sindag
deverá ser levado à diretoria do BNDES, que deve bater o martelo
sobre a questão. Paim aposta na boa vontade do banco “que nesse
primeiro encontro parece ter se sensibilizado sobre o problema”.
Conforme o Sindag, o Brasil tem atualmente a segunda maior frota
de aviões agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), a frota aeroagrícola nacional é de mais
 de 1,7 mil aviões.

Paim explica que a aviação agrícola emprega atualmente 1,4 mil pilotos,
450 agrônomos, mais de 1,3 mil técnicos agrícolas (especializados em
operações aéreas) e em torno de 4 mil auxiliares. “A aviação fatura
anualmente em torno de R$ 936 milhões e gera R$ 234 milhões em
impostos. São cerca de 495 mil horas voadas por ano”, assinala.
“É um setor que utiliza tecnologia de ponta, o que faz dele a forma de
aplicação mais segura para o meio ambiente. Mas para isso precisa de
muito investimento por parte do empresário, que precisa ter capacidade
de renovação.”

Além de pulverizações, os aviões são usados no trato de florestas,
aplicação de fertilizantes e até em combate a incêndios em áreas de
preservação. Segundo levantamento do site Agronautas (especializado
em aviação agrícola) nos registros da ANAC, atualmente são 228 empresas
operando no setor, 79 delas no Rio Grande do Sul (34,6% do total), 35 em
São Paulo (15,4%), 28 em Mato Grosso (12,3%), 25 no Paraná (11,0%) e
17 em Goiás (7,5%).

Fonte: Mídia News