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sexta-feira, 17 de maio de 2013

CAPITULO 10 – PRINCIPIO DA INSPEÇÃO "RESUMO"


As inspeções são exames, visuais e manuais, para determinar a condição de um componente ou de um avião. A inspeção do avião pode se estender desde uma simples caminhada em volta do mesmo até um exame detalhado, compreendendo uma completa desmontagem, e a utilização de complexos auxílios à inspeção. Um sistema de inspeção consiste de diversos processos, compreendendo: 1) As reclamações feitas pela tripulação ou inspetor do avião; e 2) As inspeções regularmente programadas para o avião. O sistema de inspeção é projetado para manter o avião na melhor condição possível. As inspeções gerais e periódicas devem ser consideradas a coluna mestra de um bom programa de manutenção.
INSPEÇÕES OBRIGATÓRIAS - O órgão regulador do governo estipula a inspeção de toda aeronave civil a intervalos específicos, dependendo geralmente do tipo de operação que realiza, com a finalidade de comprovar seu estado geral. Alguns aviões devem ser inspecionados de 12 em 12 meses, enquanto outros a cada 100 horas de vôo. Em certos casos, um avião pode ser inspecionado de acordo com um sistema que possibilite sua inspeção total ao longo de determinado tempo ou de horas voadas.
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO - Antes de iniciarmos uma inspeção, verificamos se todas as tampas, portas de acesso, carenagens e capotas acham-se abertas ou removidas; bem como se a estrutura encontra-se limpa. Ao se abrir as tampas de inspeção ou capotas, e antes de deixar a área limpa verificamos a presença de óleo ou qualquer outra evidência de vazamento.
FICHAS DE INSPEÇÃO - Utiliza-se sempre uma relação de itens ao realizar a inspeção. A lista de verificações pode ser de sua própria confecção, fornecida pelo fabricante do equipamento sob inspeção, ou obtida de alguma outra fonte.
DOCUMENTAÇÃO DO AVIÃO - "Documentação do Avião" é um termo usado neste manual, que compreende o livro de bordo e todos os registros suplementares referentes ao avião. O livro de bordo é o documento no qual são registradas todas as informações relativas ao avião. Elas indicam o estado do avião, as datas das inspeções e o tempo da estrutura e dos motores. Na ocorrência de qualquer destas situações, deverão ser observados procedimentos especiais de inspeção, com a finalidade de verificar se houve qualquer dano à estrutura do avião. Inspeção devido a pouso com impacto ou excesso de peso - O esforço estrutural exigido durante um pouso depende não somente do peso total do avião, mas também da intensidade do impacto. Uma inspeção especial, após um pouso com peso ou impacto excessivo, deverá ser executada, mesmo que o impacto tenha ocorrido, estando o avião com o peso dentro do limite estipulado. Os sinais mais facilmente detectados de esforço excessivo, imposto durante o pouso, são rugas nas chapas das asas. Outra indicação que pode ser facilmente detectada é o vazamento de combustível ao longo de chapas rebitadas. Alguns locais possíveis de danos são na“alma” da longarina, anteparos, chapas e fixações das naceles, chapa de paredes de fogo, e nervuras das asas e fuselagem. Se qualquer irregularidade for detectada, uma inspeção mais prolongada pode se tornar necessária, além de uma verificação de alinhamento. Inspeção devido a turbulência severa - Quando o avião enfrenta rajadas, a carga de ar imposta sobre as asas excede a carga normal de sustentação do peso do avião.
PUBLICAÇÕES - As publicações aeronáuticas são as fontes de informação para a orientação dos mecânicos da aviação, na operação e manutenção do avião e equipamentos correlatos. A utilização correta destas publicações auxiliarão bastante na operação e manutenção eficientes de qualquer aeronave. Elas compreendem os manuais, catálogos e boletins de serviço dos fabricantes, regulamentos dos órgãos governamentais, diretrizes de aeronavegabilidade, circulares de recomendação e especificações de avião, motor e hélice.
Boletins - Os boletins de serviço constituem um dos diversos tipos de publicações editadas pelos fabricantes de aviões, de motores e de componentes.
Manual de manutenção - O manual de manutenção do avião, fornecido pelo fabricante, contém instruções completas para a manutenção de todos os sistemas, e componentes instalados a bordo. Ele contém informações para o mecânico que trabalha normalmente nas unidades, conjuntos e sistemas quando estiverem instalados nos aviões.
Manual de revisão - O manual de revisão do fabricante contém breve informação descritiva, e instruções detalhadas, passo a passo, acerca do trabalho normalmente executado numa unidade removida do avião.
Manual de reparos estruturais - Este manual apresenta informação e instruções específicas do fabricante para o reparo de estruturas primárias e secundárias.
Catálogo ilustrado de peças - Este catálogo apresenta vistas detalhadas de componentes da estrutura e dos equipamentos na seqüência de desmontagem.
Regulamentos federais para a aviação (FAA) - O órgão governamental dos E.U.A. estabeleceu por lei, para a aviação, determinados regulamentos que dispõem sobre a segurança e disciplina das operações do vôo, estabelecendo ainda os privilégios e deveres dos tripulantes.
Disposições sobre a segurança do vôo ( diretrizes de aeronavegabilidade ) - A função básica do órgão federal (no Brasil representado pela DAC ) é exigir a correção de condições que comprometem a segurança do vôo, encontradas nos aviões, motores, hélices ou outros dispositivos, quando tais condições existem, possam existir ou se desenvolvam em outros produtos do mesmo projeto. A condição comprometedora pode existir decorrentes de erro de projeto, de manutenção ou outras causas.
Certificado de aprovação de aeronave - Este certificado é constituído por folhas de dados que descrevem o projeto do tipo da aeronave e estabelecem as limitações estipuladas nos Regulamentos Federais para a Aviação. Nele também se incluem outras limitações e informações necessárias à emissão do certificado para um modelo determinado de avião.
Especificação A.T.A. – 100 - A publicação da especificação da Associação de Transporte Aéreo da América dos Assuntos Técnicos dos Fabricantes, é datada de 1° de junho de 1956. Esta especificação criou um padrão de apresentação de dados técnicos para que os fabricantes de aviões, acessórios ou componentes, identificassem seus respectivos produtos.
INSPEÇÃO POR PARTÍCULAS MAGNÉTICAS - A inspeção por partículas magnéticas é um método de detectar fraturas invisíveis, e outros defeitos em materiais ferromagnéticos, tais como ferro e aço. Esse método de inspeção é um teste nãodestrutivo, o que significa que ele é realizado na própria peça, sem danificá-la. Ele não é aplicável a materiais não magnéticos.
Desenvolvimento das indicações - Quando a descontinuidade num material magnetizado encontra-se aberta à superfície, possibilitando a aplicação sobre ela de uma substância magnética, a dispersão do fluxo na descontinuidade tende a formar com o agente detectoruma passagem de maior permeabilidade. ( Permeabilidade é o termo usado para se referir à facilidade com que um fluxo magnético pode ser formado num determinado circuito magnético). Quando a descontinuidade não se encontra aberta na superfície, tem lugar o mesmo fenômeno acima observado, Se a descontinuidade estiver muito abaixo, poderá não haver indicação na superfície.
Tipos de descontinuidades detectadas - Os tipos de descontinuidades detectadas, normalmente pelo teste de partículas magnéticas, são os seguintes: rachaduras, sobreposição em peças forjadas, costuras, fechamento a frio, inclusões, fendas, rasgos, bolsas de retraimento e ocos (vazios).
Preparação das peças para o teste - Graxa, óleo e qualquer sujeira devem ser removidos de todas as peças antes que elas sejam submetidas a teste. A limpeza é muito importante.
Efeito da direção do fluxo - A fim de detectar uma falha numa peça, torna-se essencial que as linhas de força magnéticas passem perpendicularmente à falha. Isto exige duas operações independentes de magnetização, conhecidas como magnetização circular e magnetização longitudinal. Magnetização circular é a indução de um campo magnético constituído por círculos de força concêntricos, ao redor e dentro da peça, fazendo passar a corrente elétrica através da peça. Na magnetização longitudinal, o campo magnético é produzido numa direção paralela ao eixo maior da peça. Na magnetização longitudinal de peças compridas, o solenóide deve ser movimentado ao longo da peça a fim de magnetiza-la.
Efeito da densidade do fluxo - A eficiência da inspeção por partículas magnéticas depende também da densidade do fluxo, ou intensidade do campo sobre a superfície da peça, quando é aplicado o agente detector. À medida que é aumentada a intensidade do fluxo na peça, a sensibilidade do teste também aumenta, devido à maior dispersão do fluxo nas descontinuidades, resultando daí a formação de contornos mais detalhados de partículas magnéticas.
Identificação das indicações - A avaliação correta do caráter das indicações é extremamente importante, porém apresenta alguma dificuldade somente pela observação das mesmas. As características principais das indicações são a forma, o tamanho, a largura e a nitidez do contorno. Estes aspectos são geralmente mais úteis em determinar o tipo de descontinuidades do que propriamente a sua importância. As indicações mais rapidamente distinguíveis são as produzidas por fendas abertas na superfície. Essas descontinuidades incluem rachaduras por fadiga, por tratamento térmico, por contração em soldas e fundição, e por esmerilhamento.
Inspeção Magnaglo - A inspeção MAGNAGLO é semelhante a de partículas magnéticas, sendo que é utilizada uma solução de partículas magnéticas fluorescentes, e a inspeção é feita sob luz negra.
INSPEÇÃO POR LÍQUIDOS PENETRANTES - A inspeção de penetração é um exame não destrutivo de defeitos abertos à superfície por peças fabricadas de qualquer material não poroso. Ela é aplicada com sucesso em metais como o alumínio, magnésio, latão, cobre, ferro fundido, aço inoxidável e titânio. Este tipo de inspeção pode também ser utilizado em cerâmica, plástico, borracha moldada e vidro. A principal desvantagem da inspeção de penetração é que o defeito deve se apresentar aberto à superfície, a fim de permitir que o agente penetrante atinja o defeito.
RADIOGRAFIA - Devido as suas características especiais de penetrar materiais e detectar descontinuidades, as radiações X e GAMA têm sido aplicadas na inspeção radiográfica (raio-x) de componentes metálicos e não metálicos. A radiação penetrante é projetada através da peça sob inspeção, produzindo uma imagem invisível ou latente no filme. Depois de revelado, o filme se torna uma radiografia ou figura sombreada do objeto.
TESTE ULTRA-SÔNICO - O equipamento de detecção ultra-sônica tornou possível localizar defeitos em todos os tipos de materiais, sem provocar-lhes quaisquer danos. Dois métodos básicos são aplicados na inspeção ultra-sônica. O primeiro deles é o teste de inversão. Nesse método de inspeção, a peça sob exame e a unidade de pesquisa ficam totalmente submersas num líquido que pode ser água ou qualquer outro fluido adequado. O segundo método é denominado teste por contato, que é facilmente adaptado ao uso no hangar (esse é o método aqui apresentado). Nesse método a peça a ser inspecionada e a unidade de pesquisa são acopladas com um material viscoso (líquido ou pasta ) que reveste as faces da unidade de pesquisa e o material sob exame. Há dois sistemas básicos ultrasônicos: 1) O pulsante. 2) O de ressonância.
Eco-pulso - Os efeitos são detectados medindo-se a amplitude dos sinais refletidos e o tempo necessário para esses sinais irem das superfícies para as descontinuidades.
Sistema de ressonância - Esse sistema difere do método pulsante no sentido de que a freqüência de transmissão é, ou pode ser, continuamente variada. O método de ressonância é utilizado principalmente para medida da espessura, quando os dois lados da peça sob teste são lisos e paralelos. O ponto no qual a frequência transmitida equivale ao ponto de ressonância da peça sob teste, é o fator que determina a espessura.
TESTE DE EDDY CURRENT - Análise eletromagnética é um termo na qual descreve os métodos de testes eletrônicos, envolvendo a intersecção de campos magnéticos e correntes circulatórias. A técnica mais usada é a de "Eddy Current". “Eddy Current” são compostos por elétrons livres que passam através do metal, sob a influência de um campo eletromagnético.
Inspeção visual - Testes não destrutivos pelo método visual constituem a mais velha forma de inspeção. Defeitos que possam passar despercebidos a olho nu podem ser ampliados até tornarem-se visíveis. Telescópios, boroscópios e lentes ajudam na execução da inspeção visual.

CAPITULO 9 – GERADORES E MOTORES ELÉTRICOS DE AVIAÇÃO "RESUMO"


Gerador é qualquer máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica, pela indução eletromagnética. O gerador que produz corrente alternada é chamado de gerador CA, ou alternador. O gerador que produz corrente contínua é chamado de gerador CC ou dínamo. Para aeronaves equipadas com sistemas elétricos de corrente contínua, o gerador CC é a fonte regular de energia elétrica. A aeronave equipada com sistemas de corrente alternada utiliza energia elétrica fornecida por geradores CA ou simplesmente alternadores. Composição do gerador: Alternador (CA) – imã, bobina, escova, anel coletor; Dínamo (CC) – imã, bobina, escovas, anel segmentado. A voltagem gerada pelo gerador CC básico varia de zero para o seu máximo, duas vezes para cada volta da espira. Esta variação da voltagem CC é chamada de “ondulação” (RIPPLE), e pode ser reduzida usando-se mais espiras ou bobinas. Características da construção dos geradores CC - Os geradores usados nas aeronaves diferem no tipo, visto que eles são construídos por vários fabricantes. Todos, entretanto, possuem a mesma característica e operam de maneira similar. As partes principais, ou conjuntos de um gerador CC, são: a carcaça (é o alicerce ou a moldura do gerador. A carcaça tem duas funções: ela completa o circuito magnético entre os pólos, e atua como um suporte mecânico para as outras partes do gerador), o induzido (consiste de bobinas enroladas em um núcleo de ferro, um coletor e as partes mecânicas associadas. Montado sobre um eixo, ele gira através do campo magnético produzido pelas bobinas de campo) e um conjunto de escovas (coletor está instalado na extremidade do induzido e consiste de segmentos uniformes de cobre estirado, isolados por folhas finas de mica. As escovas estão sobrepostas na superfície do coletor, formando contato elétrico entre as bobinas do coletor e o circuito externo). Capacitor – evita a variação de tensão no circuito. Indutor – evita variação de corrente no circuito.
TIPOS DE GERADORES CC - Há três tipos de geradores CC: série (a corrente é a mesma na carga e nas bobinas), paralelo (a tensão é a mesma na carga e nas bobinas), série-paralelo ou misto. A diferença entre eles depende de como a bobina de campo é ligada em relação ao circuito externo. Corrente contínua não precisa ser retificada. Reação do induzido – Quando as escovas estão adequadamente posicionadas, temos o plano neutro.
REGULAGEM DA VOLTAGEM DO GERADOR - Os reguladores do tipo vibradores não podem ser usados com geradores que necessitam de alta corrente de campo, posto que os contatos furarão ou queimarão. Os sistemas de gerador de grande carga necessitam de um tipo diferente de regulador, semelhante ao regulador de pilha de carvão.
ALTERNADORES - Um gerador elétrico é qualquer máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica através da indução eletromagnética. Um gerador que produz corrente alternada é chamado de gerador CA e, embora seja uma combinação das palavras “alternada” e “gerador”, a palavra alternador possui ampla utilização. Tipos de alternadores - Os alternadores são classificados de diversas maneiras para diferenciar adequadamente os seus diversos tipos. Um meio de classificação é pelo tipo de sistema de excitação utilizado. Nos alternadores usados em aeronaves a excitação pode ser efetuada por um dos seguintes métodos: 1- Um gerador CC de acoplamento direto. Este sistema consiste em um gerador CC fixado no mesmo eixo do gerador CA. Uma variação deste sistema é um tipo de alternador que usa CC da bateria para excitação, sendo o alternador autoexcitado posteriormente. 2- Pela transformação e retificação do sistema CA. Este método depende do magnetismo residual para a formação de voltagem CA inicial, após o qual o suprimento do campo é feito com voltagem retificada do gerador CA. 3- Tipo integrado sem escova. Esta combinação consiste em um gerador CC no mesmo eixo com um gerador CA. O circuito de excitação é completado por retificadores de silício, em vez de um coletor e escovas. Os retificadores estão montados sobre o eixo do gerador, e a sua saída é alimentada diretamente ao campo rotativo principal do gerador CA. Um outro método de classificação é pelo número de fases da voltagem de saída. Os geradores CA podem ser: monofásicos, bifásicos, trifásicos ou ainda de seis ou mais fases.

CAPITULO 8 – ELETRICIDADE BASICA " Resumo"


MATÉRIA – Algo que possui massa e ocupa espaço. A menor partícula de matéria, em qualquer estado ou forma que existe, possui sua identidade, é chamada de molécula. Substâncias compostas por apenas um único tipo de átomo são chamadas de elementos, entretanto a maioria das substâncias existentes na natureza é composta.
Átomo - é considerada a parte constitutiva básica de toda matéria. Um elétron representa a carga elétrica negativa básica e, além disso, não pode ser dividido. Estes últimos são chamados elétrons "livres", porque podem ficar livres com facilidade da atração positiva dos prótons (núcleo) para formar o fluxo de elétrons num circuito elétrico. Os nêutrons, no núcleo, não possuem carga elétrica. O peso do elétron não é considerado. Na verdade a natureza da eletricidade não pode ser definida claramente, porque não se tem certeza se o elétron é uma carga negativa desprovida de massa (peso) ou uma partícula de matéria com carga negativa. Quando a carga positiva total dos prótons, no núcleo, se equilibra com a carga total negativa dos elétrons em órbita, em torno do núcleo, diz-se que o átomo possui carga neutra. Se um átomo tem escassez de elétrons, ou carga negativa, ele está carregado positivamente, e é chamado de íon positivo. Se ele possui um excesso de elétrons, diz-se que está carregado negativamente, e é chamado de íon negativo.
Transferência de elétrons - Os elétrons girando em torno do núcleo percorrem órbitas, chamadas camadas. A camada mais próxima do núcleo pode conter no máximo dois elétrons. A segunda camada não mais do que oito elétrons; a terceira, dezoito elétrons; a quarta, trinta e dois; etc.
ELETRICIDADE ESTÁTICA – É a ausência do movimento de elétrons. A palavra estática significa "estacionária" ou "em repouso", e se refere à deficiência ou excesso de elétrons. A eletricidade estática tem pouca utilidade prática e, freqüentemente, causa problemas. É difícil de controlar, e descarrega rapidamente. Cargas iguais se repelem e diferentes se atraem.
Produção de eletricidade estática - Eletricidade estática pode ser produzida por contato (uma substância carregada somente pode afetar objetos próximos por contato), por fricção (uma vareta de vidro esfregada com pelica torna-se carregada negativamente, mas se esfregada com seda torna-se carregada positivamente) ou por indução (Uma vareta carregada positivamente é aproximada, mas não toca fisicamente uma barra de metal descarregada). A transferência de elétrons se dá nas camadas ou órbitas externas do átomo, e são chamadas de elétrons livres. Campo eletrostático (ou dielétrico) - Existe um campo de força em torno de um corpo carregado. Esse campo é um campo eletrostático (às vezes chamado um campo dielétrico) e é representado por linhas estendendose em todas as direções a partir do corpo carregado, até onde houver uma carga oposta e com a mesma intensidade. Usando um detetor eletrostático, é possível mostrar que a carga é distribuída uniformemente sobre toda a superfície do disco. Um outro exemplo refere-se à carga em uma esfera oca. Apesar de a esfera ser feita de material condutor, a carga é distribuída uniformemente por toda a superfície externa (área externa tem carga pois é maior que a área interna). A distribuição de carga num objeto de forma irregular é diferente da que ocorre no caso de um objeto de forma regular, mostra que a carga em objetos, deste modo, não é distribuída uniformemente. A maior concentração de carga dá-se nas extremidades, ou áreas de curvatura mais acentuada.
FORÇA ELETROMOTRIZ (Pressão elétrica/DDP/FEM) = VOLT - É a força que impulsiona o elétron no interior do condutor, desde que haja diferença de potencial entre um ponto e outro. Os elétrons são repelidos do ponto carregado negativamente, e são atraídos pelo ponto carregado positivamente.
Fluxo de corrente ou corrente (Amper = A) - A corrente elétrica é formada por elétrons em movimento. Essa corrente é normalmente referida como "corrente" ou "fluxo de corrente", não importando a quantidade de elétrons em deslocamento. O fluxo de corrente é medido em ampères ou partes de ampères, por um instrumento chamado amperímetro. O impulso dos elétrons livres não deve ser confundido com o conceito de fluxo de corrente que diz respeito à velocidade da luz.
RESISTÊNCIA (OHM = Ώ) – É a dificuldade de o condutor oferecer deslocamento do elétron em seu interior. A propriedade de um condutor de eletricidade que limita ou restringe o fluxo de corrente elétrica é chamada de resistência. Embora fios de qualquer medida ou valor de resistência possam ser usados, a palavra "condutor", normalmente, se refere a materiais que oferecem baixa resistência ao fluxo de corrente, e a palavra isolador nomeia materiais que oferecem alta resistência para a corrente elétrica. Fatores que afetam a resistência - Dentre os quatro fatores mais importantes que afetam a resistência de um condutor, o 1º fator, um dos mais considerados, é o tipo de material do condutor. 2º fator de resistência é o tamanho do material (comprimento do condutor, quanto mais comprido, maior a sua resistência). 3º fator que afeta a resistência de um condutor é a área da seção transversal, ou a superfície de sua extremidade. 4º fator importante que influencia a resistência de um condutor é a temperatura. A resistência de poucas ligas, como constantan e maganin, muda muito pouco com as mudanças de temperatura ambiente. Se a área de seção transversal de um condutor é dobrada, sua resistência ao fluxo de corrente é reduzida à metade. Isto é verdadeiro porque implica no aumento da área em que um elétron pode se deslocar sem colisão ou sem ser capturado por outro átomo. Deste modo, a resistência varia inversamente em relação à área da seção transversal de um condutor. Fio é o MIL (0,001 de uma polegada). A melhor unidade de medição do comprimento do fio é o "Pé". Usando esses padrões a unidade das dimensões será MIL-PÉS. Então, um fio terá uma dimensão padrão se tiver 1 mil de diâmetro e 1 pé de comprimento - 1000 MILS equivale a 1 polegada. Os fios são fabricados em dimensões numeradas de acordo com uma tabela conhecida como "American Wire Gage” (AWG). Os diâmetros de fio se tornam cada vez menores quando os números da espessura aumentam. Esse circuito contém uma fonte de F.E.M. (bateria de acumuladores), um condutor para permitir o fluxo de elétrons do terminal negativo para o positivo da bateria e um dispositivo de dissipação de força (lâmpada) para limitar o fluxo de corrente.
Condutor - Outra necessidade básica de um circuito é o condutor, ou fio, interligando os diversos componentes elétricos.
Resistores - A resistência de um circuito pode surgir na forma de resistores, cuja finalidade seja limitar o fluxo de corrente. Existe uma grande variedade de resistores. Alguns têm valor fixo em OHMS e outros são variáveis. São fabricados com fios especiais, grafite (carvão) ou membrana metálica. Resistores revestidos de fio controlam correntes elevadas, enquanto os resistores de carvão controlam correntes relativamente pequenas. Existem resistores revestidos de fio, com tomadas (terminais) fixas, que podem ser escolhidas conforme se queira variar entre os valores disponíveis em ohms na resistência. Ainda um outro tipo, é o resistor revestido de fio de precisão feito de fio de “manganin”; tipo usado quando é exigido valor de resistência extremamente preciso. Resistores de carbono são fabricados de uma haste de grafite comprimido, material aglutinante e com um terminal de fio, chamado "pigtail"(rabo de porco) fixo em cada extremidade do resistor. Resistores variáveis são usados para variar a resistência, enquanto o equipamento está em operação. Resistores variáveis de carvão, usados para controlar pequenas correntes, são fabricados com composto de carbono depositado sobre um disco de fibra.
Código de cores de resistores - o código de cores é usado para identificar o valor de resistência de resistores de carbono.Um é o sistema de extremidade para o centro.
(end-to-center-band) - Quando o código de cores é usado pelo sistema "end-to-center-band", o resistor é normalmente marcado com faixas coloridas a partir de uma das extremidades do seu corpo. e o outro é de extremidade e ponto (body-end-dot).
end-to-center-band - Quando é utilizado o sistema "end-tocenter band", o resistor será marcado através de três ou quatro faixas, a primeira faixa de cor (mais próxima à extremidade do resistor) indicará o primeiro dígito no valor numérico de resistência. Esta faixa jamais será de cor dourada ou prateada. A segunda faixa de cor indicará sempre o segundo dígito do valor ôhmico. Ela nunca será de cor dourada ou prateada. A terceira faixa de cor indica o número de zeros a serem adicionados ao primeiro e segundo dígitos. Exceto nos seguintes casos: 1. Se a terceira faixa é dourada, os dois primeiros dígitos têm de ser multiplicados por 10%. 2. Se a terceira faixa é prateada, os dois primeiros dígitos têm de ser multiplicados por 1%. Se houver uma quarta faixa colorida, ela é usada como multiplicador para percentual de tolerância, conforme indicado na tabela de código de cores da tabela. Se houver a quarta faixa, a tolerância fica entendida como sendo de 20%.
body-end-dot - é raramente utilizado. Em poucos exemplos poderá ser explanado. A localização das cores tem o seguinte significado: Cor do corpo ... 1º dígito do valor ôhmico Cor da extremidade... 2º dígito do valor ôhmico Cor do ponto ... nº de zeros a adicionar Se apenas uma extremidade do resistor é colorida, isto indica o segundo dígito do valor do resistor, e a tolerância será de 20%. Os outros dois valores de tolerância são dourado (5%) e prateado (10%). A extremidade oposta do resistor será colorida para indicar tolerância diferente de 20%. Os valores são os seguintes: Corpo 1º dígito 2 Extremidade 2º dígito 5 Ponto Nº de zeros 0000 (4) O valor do resistor é 250.000 + 20% ohms. A tolerância é entendida como sendo de 20%, porque um segundo ponto não é utilizado. Se a mesma cor é usada mais de uma vez, o corpo, a extremidade e o ponto podem ser todos da mesma cor, ou apenas dois desses elementos podem ter a mesma cor; mas o código de cores é usado da mesma maneira. Por exemplo, um resistor de 33.000 ohms será inteiramente na cor laranja.
LEI DE OHM - A lei mais importante aplicável ao estudo da eletricidade é a lei de Ohm. Esta lei, que delineia o relacionamento entre voltagem corrente e resistência, em um circuito elétrico, foi estabelecida pelo físico alemão George Simon Ohm (1787-1854). As experiências de Ohm mostraram que o fluxo de corrente num circuito elétrico é diretamente proporcional à intensidade da voltagem aplicada ao circuito. Em outras palavras, esta lei estabelece que o aumento de voltagem corresponde ao aumento de corrente, e à diminuição da voltagem corresponde a diminuição da corrente. A resistência total no circuito em série é sempre maior que o maior resistor do circuito.
Potência elétrica - Juntamente com o volt, ampère e ohm, existem uma outra unidade freqüentemente usada em cálculos de circuitos elétricos, é a unidade de potência elétrica. A unidade empregada para medir potência em circuitos de corrente contínua é o watt.
Amperímetro – é utilizado para leitura de corrente, o mesmo deve ser ligado em série com o circuito. P (watts) = V (volts) x I (amper) Em um circuito elétrico, a energia não aproveitada é dissipada em forma de vapor. A velocidade do elétron no condutor é igual a da luz.
CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA EM SÉRIE - O circuito em série é a mesma em todo o circuito. É um circuito em série porque existe caminho único para a corrente fluir, conforme indicam as setas mostrando a direção do movimento de elétrons. Também é chamado de circuito em série, porque a corrente tem que passar através dos componentes (a bateria e o resistor), um depois do outro, ou "em série". Não importa quantos componentes seja incluído no circuito em série, a corrente será a mesma em qualquer ponto do circuito. Também é verdadeiro que há certa resistência interna na própria bateria, bem como, no fusível e na chave (interruptor). Estes pequenos valores de resistência não serão considerados na determinação dos valores de fluxo de corrente num circuito. Se a voltagem permanece constante e a resistência aumenta, a corrente diminui. Contrariamente, se a resistência diminui, a corrente aumenta. Contudo, se a resistência é considerada constante e a voltagem é duplicada, o fluxo de corrente dobrará o seu valor original. Se a resistência permanece constante e a voltagem aumenta, a corrente também aumenta. Se a voltagem diminui, a corrente diminui também. Queda de voltagem refere-se à perda de pressão elétrica causada pelo forçamento de elétrons através de resistência. Voltagem aplicada (bateria) são 30 volts e é chamada de ET. Havendo duas resistências no circuito, haverá duas diferentes quedas de voltagem, que serão a perda na pressão elétrica empregada para forçar os elétrons através das resistências. A quantidade de pressão elétrica necessária para forçar um dado número de elétrons através de resistência é proporcional à quantidade da resistência. A soma das quedas de voltagem é igual à voltagem aplicada.
Leis de Kirchhoff - Em 1847, um físico alemão, G.R. Kirchhoff, em considerações sobre a lei de 0hm, desenvolveu duas afirmações que são conhecidas como leis de Kirchhoff, para corrente e voltagem. Utilizando as leis de Kirchhoff é possível encontrar: (1) A corrente em cada parte de um circuito com vários segmentos, tanto a resistência quanto à força eletromotriz são conhecidas em cada segmento; (2) a força eletromotriz em cada parte quando a resistência e a corrente em cada braço são conhecidas. Estas leis estão estabelecidas assim:
Lei da corrente - a soma algébrica das correntes em qualquer conexão de condutores em um circuito é zero. Isto significa que a quantidade de corrente fluindo de um ponto num circuito, é igual a quantidade fluindo para o mesmo ponto.
Lei da voltagem - a soma algébrica da voltagem aplicada e a queda de voltagem ao longo de qualquer circuito fechado é zero, o que significa que a queda de voltagem ao longo de qualquer circuito fechado é igual à voltagem aplicada.
CIRCUITO DE CORRENTE CONTÍNUA EM PARALELO – Um circuito em que duas ou mais resistências elétricas, ou cargas, são conectadas através da mesma fonte de voltagem é um circuito em paralelo, desde que exista mais de um caminho para o fluxo de corrente - quanto maior a quantidade de caminhos paralelos, menor oposição para o fluxo de elétrons da fonte se observará. Num circuito em série, a adição de resistências aumenta a oposição ao fluxo de corrente. Os requisitos mínimos para um circuito em paralelo são os seguintes: 1- uma fonte de força. 2- condutores. 3- uma resistência ou carga para cada caminho da corrente. 4- dois ou mais caminhos para o fluxo de corrente. - tensão é a mesma para todos os resistores. - resistência equivalente é sempre menor que o menor resistor do circuito- o voltímetro é sempre ligado em paralelo com o componente; não precisa abrir o circuito. Uma análise da equação para resistência total em um circuito em paralelo mostra que Resistência total é sempre menor do que a menor resistência num circuito em paralelo.
CIRCUITOS EM SÉRIE-PARALELO - A maior parte dos circuitos em equipamentos elétricos são circuitos em série ou em paralelo. São, normalmente, circuitos combinados, isto é, em série-paralelo, o que consiste em grupos de resistores em paralelo conectados em série com outros resistores. Os requisitos para um circuito em série paralelo são os seguintes: 1) fonte de força (bateria) 2) condutores (fios) 3) carga (resistências) 4) mais de um caminho para o fluxo de corrente 5) um controle (interruptor) 6) dispositivo de segurança (fusível). Embora os circuitos em série-paralelo possam parecer extremamente complexos, a mesma regra usada para circuitos em série e paralelo pode ser empregadas para simplificálos e resolvê-los.
Divisores de Voltagem - são dispositivos que possibilitam obter mais de uma voltagem de uma única fonte de força. Um divisor de voltagem normalmente consiste de um resistor ou resistores ligados em série, com contatos móveis ou fixos e dois contatos de terminais fixos. Como a corrente flui através do resistor, voltagens diferentes podem ser obtidas entre os contatos. Uma carga é qualquer dispositivo que consome corrente. Uma carga alta significa um grande dreno de corrente. Juntamente com a corrente consumida por várias cargas, existe certa quantidade consumida pelo próprio divisor de voltagem. Isto é conhecido como corrente "drenada".
REOSTATOS E POTENCIÔMETROS - Os divisores de voltagem são resistores de valores variados, através dos quais são desenvolvidas diversas quedas de voltagem. Os reostatos e os potenciômetros são resistores variáveis que são, às vezes, usados em conexão com os divisores de voltagem. Um reostato é um resistor variável usado para variar a quantidade de corrente fluindo num circuito. O potenciômetro é um resistor variável que possui três terminais. As duas extremidades e o braço corrediço são ligados num circuito.
Prefixos para unidades de medidas elétricas Tera Giga Mega Kilo ** Mili Micro Nano Pico MAGNETISMO - é definido como a propriedade de um objeto para atrair certas substâncias metálicas. Sem o magnetismo o mundo da eletricidade não seria possível. Substância é conhecida como magnetita ou óxido magnético de ferro. Substâncias são materiais ferrrosos, isto é, materiais compostos de ferro ou ligas de ferro, tais como ferro-doce, aço e alnico (alumínio-níquel-cobalto). Esses materiais, às vezes chamados de materiais magnéticos, hoje, incluem, no mínimo, três materiais não-ferrosos: níquel, cobalto e gadolínio, que são magnéticos em grau limitado. Não existe nenhum isolador conhecido para o fluxo magnético, ou linhas de força, porque elas atravessarão todos os materiais. um instrumento protegido por um revestimento de ferro-doce, que oferece diminuta resistência ao fluxo magnético. As linhas de força seguem o caminho mais fácil, de maior permeabilidade, e são guiadas externamente em relação ao instrumento.
Tipos de imãs - Existem imãs naturais (magnetita - imã) e artificiais (eletroímã – permanente e temporário). Como os imãs naturais ou magnetitas não têm uso prático, todos os imãs considerados neste estudo são artificiais ou produzidos pelo homem. Os imãs artificiais podem, então, ser classificados como imãs permanentes que conservam seu magnetismo muito tempo após ser removida a fonte magnetizadora de imãs temporários, que rapidamente perdem a maior parte do seu magnetismo quando a força de magnetização é removida. Almico, uma liga de ferro, alumínio, níquel e cobalto é considerada uma das melhores. Outras com excelentes qualidades magnéticas são ligas como Remalloy e Permendur.
Eletromagnetismo - Em 1819, o físico dinamarquês, Hans Christian Oersted descobriu que a agulha de uma bússola aproximada de um condutor sob corrente podia ser deflexionada. Quando o fluxo de corrente parava, a agulha retornava a sua posição original. Todo o condutor que é percorrido pór um fluxo de corrente produz a sua volta um campo eletromagnético. A intensidade do campo eletromagnético no condutor depende da intensidade do fluxo de corrente. Quanto maior o fluxo de corrente há expansão do campo magnético. A direção do fluxo de corrente no condutor interfere no sentido do campo eletromagnético. Como o campo magnético acompanha uma partícula carregada, quanto maior o fluxo de corrente, maior o campo magnético. Se o fluxo de corrente é de corrente contínua estável, sem variação, o campo magnético permanece estacionário. Quando a corrente cessa, o campo magnético acaba, e o magnetismo em torno do condutor desaparece. Eletroímãs são usados em instrumentos elétricos, motores, geradores, relés e outros dispositivos.
BATERIAS DE ACUMULADORES - Existem duas fontes de energia elétrica numa aeronave: (1) o gerador, que converte energia mecânica em energia elétrica, e (2) a bateria, que converte energia química em energia elétrica. As baterias são normalmente usadas na partida do motor e em emergências. Chumbo-ácido e níquel-cádmio são tipos de baterias de acumuladores geralmente em uso. A condição de carga da bateria é indicada pela densidade do eletrólito, que é verificada pelo uso de um densímetro.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DE CIRCUITOS - Para proteger os sistemas elétricos de aeronaves de danos ou falhas, causados por corrente excessiva, vários tipos de dispositivos de proteção são instalados nos sistemas. Fusíveis ("circuit-breakers") e protetores térmicos são utilizados para estes propósitos.
Fusíveis - Um fusível é uma tira de metal que fundirá sob excessivo fluxo de corrente, já que seu limite de condução é cuidadosamente prédeterminado. Vantagem – Fácil remoção. Desvantagem – tem que ser substituído. Os fusíveis são instalados em dois tipos de suportes na aeronave: "Plug-in holders”, usados para fusíveis pequenos e de baixa capacidade; "Clip" é o tipo usado para fusíveis de grande capacidade e limitadores de corrente. Quebra-circuitos (Circuit breakers) - Um quebra-circuito ("circuit breakers") é destinado a interromper o circuito e o fluxo de corrente quando a amperagem exceder um valor pré-determinado. Vantagem – pode ser armado novamente. Desvantagem – remoção não prática. Protetores térmicos - Um protetor térmico, ou chave, é usado para proteger um motor. Desarma com o aumento de temperatura.
CHAVES OU INTERRUPTORES - As chaves controlam o fluxo de corrente na maioria dos circuitos elétricos de aeronaves. Chaves-facas são raramente usadas em aeronaves. Chaves "toggle", bem como alguns outros tipos, são designadas pelo número de pólos, cursos e posições que tenham. Chave bipolar que pode completar dois circuitos, um por vez em cada pólo, é uma chave bipolar de duas posições. Ambas, uma faca e outra “toggle”. Chaves “push-button” bastante utilizada na aviação, possui ação de mola. São chaves que tem um contato estacionário e um contato móvel, que é fixado no botão de apertar. Chave de Seleção Giratória substitui várias chaves, quando o botão de uma chave é girado, ela abre um circuito e fecha outro. Relés ou chaves-relés são usadas para controle remoto de circuitos de grande amperagem.
Medidor d’Arsonval - O mecanismo básico de um medidor de C.C. é conhecido como D'Arsonval porque foi empregado pela primeira vez pelo cientista francês, D'Arsonval, para fazer medição elétrica. Este tipo de mecanismo é um dispositivo medidor de corrente, que é empregado em amperímetros, voltímetros e ohmímetros.
Amperímetro - O amperímetro D'Arsonval é um instrumento destinado à medição da corrente contínua fluindo num circuito, e consiste das seguintes partes: um imã permanente, um elemento móvel, mancal e um estojo que inclui terminais, um mostrador e parafusos.
Amortecimento (damping) - No sentido de que as leituras do medidor são mais rápidas e exatas, é desejável que o ponteiro móvel ultrapasse sua correta posição apenas um pouco, e venha a se estabilizar após não mais do que uma ou duas oscilações. Amortecimento elétrico, um método comum de “damping” por meios elétricos é enrolar a bobina sobre uma armação de alumínio. Como a bobina se movimenta no campo de um imã permanente, surgirão correntes parasitas na armação de alumínio. Amortecimento mecânico, o amortecimento a ar (“Air damping”) é um método comumente empregado por meios mecânicos, a palheta é fixada no eixo do elemento móvel, ficando no interior de uma câmara de ar. Sensibilidade de um Medidor é expressa como a quantidade de corrente necessária para dar a deflexão total na escala. È dada pela resistência ‘shunt’. Ela aumenta ou estende a faixa e leitura do medidor. O resistor é, então, chamado de “shunt” (derivação) porque permite o desvio de uma parte da corrente por fora do instrumento, estendendo a faixa do amperímetro. MULTÍMETROS Para efetuar a leitura: Voltímetro – sempre ligado em paralelo. – sempre utiliza a maior escala. – fonte deve estar ligada. Amperímetro – sempre ligado em serie. – sempre abrir o circuito. Ohmímetro – sempre ligado em série. – componente fora do circuito. (checa resistência, checa continuidade).
Megômetro - é um ohmímetro de alta faixa de indicação, contendo um gerador manual, checa resistência com valores acima de 1mega ohm, checa altas impedâncias como isolamento.
Ciclo e freqüência - Sempre que uma voltagem ou corrente passam por uma série de mudanças, retorna ao ponto de partida e, então, reinicia a mesma série de mudanças, a série é chamada ciclo (~). Freqüência (Hertz) é a repetição do ciclo em determinado espaço de tempo. Fase – Quando dois sinais atingem valores iguais ao mesmo tempo. Defasagem – Quando os dois sinais atingem valores iguais em tempos diferentes. Valores da corrente: - Valor instantâneo – Qualquer valor do solenóide. - Valor máximo – é o instantâneo mais alto. - Valor efetivo – é o mesmo valor da corrente continua que possa gerar igual efeito térmico (alternado). Efetivo = valor máximo x 0,707.
INDUTÂNCIA (L=H=Henry=Ώ) - A voltagem induzida é chamada de força contraeletromotriz (f.c.e.m.), já que se opõe à voltagem aplicada. Fatores que interferem na indutância: números de espiras, núcleo da bobina e a área da secção transversal.
REATÂNCIA – É a oposição ao fluxo de corrente que um componente CA oferece num circuito eletrônico. Reatância indutiva: Oposição ao fluxo de corrente em conseqüência da variação do sentido da corrente na bobina. Reatância capacitiva: é a oposição ao fluxo de corrente causado pela carga e descarga do capacitor.
CAPACITÂNCIA - Uma outra importante propriedade em circuitos de C.A., a par da resistência e indutância é a capacitância, que é representada por um capacitor (elemento que tem a função de armazenar e descarregar energia no circuito. Não passa corrente pelo capacitor – 2 tipos: fixo e variável – medido em farad “f”). Quanto maior a capacidade de isolamento do material, maior será a capacitância. As placas podem ser: cobre, estanho e alumínio. Dielétrico: é uma película de óxido sobre uma placa de alumínio. Tipos: Seco e Úmido. Podem ser: ar, mica, vidro, óleo e papel. Fatores que interferem na capacitância: tamanho da placa, tipo do dielétrico e distancia entra as placas. Capacitores de papel – papel encerado, para baixas capacitâncias, ex. 200 micromicrofarad. Capacitores a óleo – evita centelhamento no dielétrico usado para altas voltagens. Ex. sistema de radar e radar. Capacitores de mica – dielétrico melhor que o papel, capacitância entre 50 a 0,02 μμf. Capacitores eletrolíticos – permite grandes capacitâncias em tamanhos menores. Ex. de 1 a 1500 μμf. Ressonância – Quando os efeitos reativos (indutivo ou capacitivo) são iguais ou equivalentes num circuito de corrente alternada. (Xl = Xc = Ressonância).
TRANSFORMADORES - Um transformador modifica o nível de voltagem, aumentando-o ou diminuindo-o como necessário. Um transformador consiste de três partes básicas, são elas: um núcleo de ferro, que proporciona um circuito de baixa relutância para as linhas de força magnética; um enrolamento primário, que recebe a energia elétrica da fonte de voltagem aplicada; um enrolamento secundário, que recebe energia elétrica, por indução, do enrolamento primário. Existem duas classes de transformadores: (1) transformadores de voltagem, usados para aumentar ou diminuir voltagens; (2) transformadores de corrente, usados em circuitos de instrumentos. O grau de eficiência como o fluxo do primário, que é aproveitado no secundário, é chamado de “coeficiente de acoplamento”.
AMPLIFICADOR MAGNÉTICO - é um dispositivo de controle, sendo empregado em escala crescente em muitos sistemas eletrônicos e elétricos de aeronaves, por sua robustez, estabilidade e segurança em comparação com as válvulas a vácuo.
VÁLVULAS ELETRÔNICAS - O uso de válvulas nos sistemas eletrônicos e elétricos de aeronaves declinou rapidamente por causa das inúmeras vantagens do uso de transistores. As válvulas foram desenvolvidas para equipamentos de rádio. Elas eram usadas em rádio-transmissores, como amplificadores, para controlar voltagem e corrente; como osciladores para gerar sinais de áudio e radiofreqüência e, como retificadores, para converter corrente alternada em corrente contínua. Válvulas de rádio foram usadas com propósitos semelhantes em muitos dispositivos elétricos de aeronaves, tais como: piloto automático e regulador de “turbosupercharger”. Numa válvula, os elétrons são fornecidos por um pedaço de metal chamado catodo, que é aquecido por uma corrente elétrica.
Tipos de válvulas - Existem muitos tipos diferentes de válvulas, das quais a maioria classifica-se em quatro tipos: (1) diodo (semicondutor que conduz num único sentido), (2) triodo, (3) tetrodo e (4) pentodo. Diodos retificadores são usados em sistemas elétricos de aeronaves, especialmente quando alta voltagem C.C. é desejada para lâmpadas. Válvulas retificadoras foram largamente substituídas em sistemas de aeronaves por discos secos ou diodos semicondutores. O triodo é uma válvula de três elementos. Adicionalmente à placa e ao catodo existe um terceiro elemento, chamado grade, localizado entre o catodo e a placa.
TRANSISTORES – (semicondutor de três elementos – materiais ‘P’ e ‘N’ - muito usados para amplificadores de sinais). O transistor é um componente eletrônico que tem a mesma performance de uma válvula à vácuo. Ele é muito pequeno, leve no peso e não requer aquecimento; é também mecanicamente marcado e não acelera a extração de sinal. Os transistores de função são de dois tipos, o NPN e o PNP. Vantagem – substitui a válvula devida baixo consumo de potencia, tamanho reduzido e alto ganho – rendimento. Positivo (+): BORO, GALIO; Negativo (-): FÓSFORO, ARSÊNIO. Diodo Zener – é usado para regulagem de voltagem, elaborado para trabalhar com correntes reversas (valores negativos).
RETIFICADORES – circuito utilizado para selecionar ou retificar uma parte do sinal alternado. Tipos: pastilhas (discos), semicondutor (estado sólido) – mais usado.
MOTO-GERADOR - é um motor C.A. e um gerador de C.C. combinado em uma unidade. Esta combinação é freqüentemente chamada de conversor. Os conversores operam diretamente com voltagem monofásica ou trifásica. Retificação - é o processo de mudança de corrente alternada para corrente contínua.
FILTRAGEM – é utilizado em circuitos eletrônicos para melhorar a qualidade(eficácia) do sinal sobre a ‘carga’. Tipos: capacitivo e indutivo. Medidor de frequência tipo “vibrating-reed” - Este tipo de medidor de frequência é o mais simples indicador de frequência de uma fonte C.A.