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sexta-feira, 17 de maio de 2013

CAPITULO 8 – ELETRICIDADE BASICA " Resumo"


MATÉRIA – Algo que possui massa e ocupa espaço. A menor partícula de matéria, em qualquer estado ou forma que existe, possui sua identidade, é chamada de molécula. Substâncias compostas por apenas um único tipo de átomo são chamadas de elementos, entretanto a maioria das substâncias existentes na natureza é composta.
Átomo - é considerada a parte constitutiva básica de toda matéria. Um elétron representa a carga elétrica negativa básica e, além disso, não pode ser dividido. Estes últimos são chamados elétrons "livres", porque podem ficar livres com facilidade da atração positiva dos prótons (núcleo) para formar o fluxo de elétrons num circuito elétrico. Os nêutrons, no núcleo, não possuem carga elétrica. O peso do elétron não é considerado. Na verdade a natureza da eletricidade não pode ser definida claramente, porque não se tem certeza se o elétron é uma carga negativa desprovida de massa (peso) ou uma partícula de matéria com carga negativa. Quando a carga positiva total dos prótons, no núcleo, se equilibra com a carga total negativa dos elétrons em órbita, em torno do núcleo, diz-se que o átomo possui carga neutra. Se um átomo tem escassez de elétrons, ou carga negativa, ele está carregado positivamente, e é chamado de íon positivo. Se ele possui um excesso de elétrons, diz-se que está carregado negativamente, e é chamado de íon negativo.
Transferência de elétrons - Os elétrons girando em torno do núcleo percorrem órbitas, chamadas camadas. A camada mais próxima do núcleo pode conter no máximo dois elétrons. A segunda camada não mais do que oito elétrons; a terceira, dezoito elétrons; a quarta, trinta e dois; etc.
ELETRICIDADE ESTÁTICA – É a ausência do movimento de elétrons. A palavra estática significa "estacionária" ou "em repouso", e se refere à deficiência ou excesso de elétrons. A eletricidade estática tem pouca utilidade prática e, freqüentemente, causa problemas. É difícil de controlar, e descarrega rapidamente. Cargas iguais se repelem e diferentes se atraem.
Produção de eletricidade estática - Eletricidade estática pode ser produzida por contato (uma substância carregada somente pode afetar objetos próximos por contato), por fricção (uma vareta de vidro esfregada com pelica torna-se carregada negativamente, mas se esfregada com seda torna-se carregada positivamente) ou por indução (Uma vareta carregada positivamente é aproximada, mas não toca fisicamente uma barra de metal descarregada). A transferência de elétrons se dá nas camadas ou órbitas externas do átomo, e são chamadas de elétrons livres. Campo eletrostático (ou dielétrico) - Existe um campo de força em torno de um corpo carregado. Esse campo é um campo eletrostático (às vezes chamado um campo dielétrico) e é representado por linhas estendendose em todas as direções a partir do corpo carregado, até onde houver uma carga oposta e com a mesma intensidade. Usando um detetor eletrostático, é possível mostrar que a carga é distribuída uniformemente sobre toda a superfície do disco. Um outro exemplo refere-se à carga em uma esfera oca. Apesar de a esfera ser feita de material condutor, a carga é distribuída uniformemente por toda a superfície externa (área externa tem carga pois é maior que a área interna). A distribuição de carga num objeto de forma irregular é diferente da que ocorre no caso de um objeto de forma regular, mostra que a carga em objetos, deste modo, não é distribuída uniformemente. A maior concentração de carga dá-se nas extremidades, ou áreas de curvatura mais acentuada.
FORÇA ELETROMOTRIZ (Pressão elétrica/DDP/FEM) = VOLT - É a força que impulsiona o elétron no interior do condutor, desde que haja diferença de potencial entre um ponto e outro. Os elétrons são repelidos do ponto carregado negativamente, e são atraídos pelo ponto carregado positivamente.
Fluxo de corrente ou corrente (Amper = A) - A corrente elétrica é formada por elétrons em movimento. Essa corrente é normalmente referida como "corrente" ou "fluxo de corrente", não importando a quantidade de elétrons em deslocamento. O fluxo de corrente é medido em ampères ou partes de ampères, por um instrumento chamado amperímetro. O impulso dos elétrons livres não deve ser confundido com o conceito de fluxo de corrente que diz respeito à velocidade da luz.
RESISTÊNCIA (OHM = Ώ) – É a dificuldade de o condutor oferecer deslocamento do elétron em seu interior. A propriedade de um condutor de eletricidade que limita ou restringe o fluxo de corrente elétrica é chamada de resistência. Embora fios de qualquer medida ou valor de resistência possam ser usados, a palavra "condutor", normalmente, se refere a materiais que oferecem baixa resistência ao fluxo de corrente, e a palavra isolador nomeia materiais que oferecem alta resistência para a corrente elétrica. Fatores que afetam a resistência - Dentre os quatro fatores mais importantes que afetam a resistência de um condutor, o 1º fator, um dos mais considerados, é o tipo de material do condutor. 2º fator de resistência é o tamanho do material (comprimento do condutor, quanto mais comprido, maior a sua resistência). 3º fator que afeta a resistência de um condutor é a área da seção transversal, ou a superfície de sua extremidade. 4º fator importante que influencia a resistência de um condutor é a temperatura. A resistência de poucas ligas, como constantan e maganin, muda muito pouco com as mudanças de temperatura ambiente. Se a área de seção transversal de um condutor é dobrada, sua resistência ao fluxo de corrente é reduzida à metade. Isto é verdadeiro porque implica no aumento da área em que um elétron pode se deslocar sem colisão ou sem ser capturado por outro átomo. Deste modo, a resistência varia inversamente em relação à área da seção transversal de um condutor. Fio é o MIL (0,001 de uma polegada). A melhor unidade de medição do comprimento do fio é o "Pé". Usando esses padrões a unidade das dimensões será MIL-PÉS. Então, um fio terá uma dimensão padrão se tiver 1 mil de diâmetro e 1 pé de comprimento - 1000 MILS equivale a 1 polegada. Os fios são fabricados em dimensões numeradas de acordo com uma tabela conhecida como "American Wire Gage” (AWG). Os diâmetros de fio se tornam cada vez menores quando os números da espessura aumentam. Esse circuito contém uma fonte de F.E.M. (bateria de acumuladores), um condutor para permitir o fluxo de elétrons do terminal negativo para o positivo da bateria e um dispositivo de dissipação de força (lâmpada) para limitar o fluxo de corrente.
Condutor - Outra necessidade básica de um circuito é o condutor, ou fio, interligando os diversos componentes elétricos.
Resistores - A resistência de um circuito pode surgir na forma de resistores, cuja finalidade seja limitar o fluxo de corrente. Existe uma grande variedade de resistores. Alguns têm valor fixo em OHMS e outros são variáveis. São fabricados com fios especiais, grafite (carvão) ou membrana metálica. Resistores revestidos de fio controlam correntes elevadas, enquanto os resistores de carvão controlam correntes relativamente pequenas. Existem resistores revestidos de fio, com tomadas (terminais) fixas, que podem ser escolhidas conforme se queira variar entre os valores disponíveis em ohms na resistência. Ainda um outro tipo, é o resistor revestido de fio de precisão feito de fio de “manganin”; tipo usado quando é exigido valor de resistência extremamente preciso. Resistores de carbono são fabricados de uma haste de grafite comprimido, material aglutinante e com um terminal de fio, chamado "pigtail"(rabo de porco) fixo em cada extremidade do resistor. Resistores variáveis são usados para variar a resistência, enquanto o equipamento está em operação. Resistores variáveis de carvão, usados para controlar pequenas correntes, são fabricados com composto de carbono depositado sobre um disco de fibra.
Código de cores de resistores - o código de cores é usado para identificar o valor de resistência de resistores de carbono.Um é o sistema de extremidade para o centro.
(end-to-center-band) - Quando o código de cores é usado pelo sistema "end-to-center-band", o resistor é normalmente marcado com faixas coloridas a partir de uma das extremidades do seu corpo. e o outro é de extremidade e ponto (body-end-dot).
end-to-center-band - Quando é utilizado o sistema "end-tocenter band", o resistor será marcado através de três ou quatro faixas, a primeira faixa de cor (mais próxima à extremidade do resistor) indicará o primeiro dígito no valor numérico de resistência. Esta faixa jamais será de cor dourada ou prateada. A segunda faixa de cor indicará sempre o segundo dígito do valor ôhmico. Ela nunca será de cor dourada ou prateada. A terceira faixa de cor indica o número de zeros a serem adicionados ao primeiro e segundo dígitos. Exceto nos seguintes casos: 1. Se a terceira faixa é dourada, os dois primeiros dígitos têm de ser multiplicados por 10%. 2. Se a terceira faixa é prateada, os dois primeiros dígitos têm de ser multiplicados por 1%. Se houver uma quarta faixa colorida, ela é usada como multiplicador para percentual de tolerância, conforme indicado na tabela de código de cores da tabela. Se houver a quarta faixa, a tolerância fica entendida como sendo de 20%.
body-end-dot - é raramente utilizado. Em poucos exemplos poderá ser explanado. A localização das cores tem o seguinte significado: Cor do corpo ... 1º dígito do valor ôhmico Cor da extremidade... 2º dígito do valor ôhmico Cor do ponto ... nº de zeros a adicionar Se apenas uma extremidade do resistor é colorida, isto indica o segundo dígito do valor do resistor, e a tolerância será de 20%. Os outros dois valores de tolerância são dourado (5%) e prateado (10%). A extremidade oposta do resistor será colorida para indicar tolerância diferente de 20%. Os valores são os seguintes: Corpo 1º dígito 2 Extremidade 2º dígito 5 Ponto Nº de zeros 0000 (4) O valor do resistor é 250.000 + 20% ohms. A tolerância é entendida como sendo de 20%, porque um segundo ponto não é utilizado. Se a mesma cor é usada mais de uma vez, o corpo, a extremidade e o ponto podem ser todos da mesma cor, ou apenas dois desses elementos podem ter a mesma cor; mas o código de cores é usado da mesma maneira. Por exemplo, um resistor de 33.000 ohms será inteiramente na cor laranja.
LEI DE OHM - A lei mais importante aplicável ao estudo da eletricidade é a lei de Ohm. Esta lei, que delineia o relacionamento entre voltagem corrente e resistência, em um circuito elétrico, foi estabelecida pelo físico alemão George Simon Ohm (1787-1854). As experiências de Ohm mostraram que o fluxo de corrente num circuito elétrico é diretamente proporcional à intensidade da voltagem aplicada ao circuito. Em outras palavras, esta lei estabelece que o aumento de voltagem corresponde ao aumento de corrente, e à diminuição da voltagem corresponde a diminuição da corrente. A resistência total no circuito em série é sempre maior que o maior resistor do circuito.
Potência elétrica - Juntamente com o volt, ampère e ohm, existem uma outra unidade freqüentemente usada em cálculos de circuitos elétricos, é a unidade de potência elétrica. A unidade empregada para medir potência em circuitos de corrente contínua é o watt.
Amperímetro – é utilizado para leitura de corrente, o mesmo deve ser ligado em série com o circuito. P (watts) = V (volts) x I (amper) Em um circuito elétrico, a energia não aproveitada é dissipada em forma de vapor. A velocidade do elétron no condutor é igual a da luz.
CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA EM SÉRIE - O circuito em série é a mesma em todo o circuito. É um circuito em série porque existe caminho único para a corrente fluir, conforme indicam as setas mostrando a direção do movimento de elétrons. Também é chamado de circuito em série, porque a corrente tem que passar através dos componentes (a bateria e o resistor), um depois do outro, ou "em série". Não importa quantos componentes seja incluído no circuito em série, a corrente será a mesma em qualquer ponto do circuito. Também é verdadeiro que há certa resistência interna na própria bateria, bem como, no fusível e na chave (interruptor). Estes pequenos valores de resistência não serão considerados na determinação dos valores de fluxo de corrente num circuito. Se a voltagem permanece constante e a resistência aumenta, a corrente diminui. Contrariamente, se a resistência diminui, a corrente aumenta. Contudo, se a resistência é considerada constante e a voltagem é duplicada, o fluxo de corrente dobrará o seu valor original. Se a resistência permanece constante e a voltagem aumenta, a corrente também aumenta. Se a voltagem diminui, a corrente diminui também. Queda de voltagem refere-se à perda de pressão elétrica causada pelo forçamento de elétrons através de resistência. Voltagem aplicada (bateria) são 30 volts e é chamada de ET. Havendo duas resistências no circuito, haverá duas diferentes quedas de voltagem, que serão a perda na pressão elétrica empregada para forçar os elétrons através das resistências. A quantidade de pressão elétrica necessária para forçar um dado número de elétrons através de resistência é proporcional à quantidade da resistência. A soma das quedas de voltagem é igual à voltagem aplicada.
Leis de Kirchhoff - Em 1847, um físico alemão, G.R. Kirchhoff, em considerações sobre a lei de 0hm, desenvolveu duas afirmações que são conhecidas como leis de Kirchhoff, para corrente e voltagem. Utilizando as leis de Kirchhoff é possível encontrar: (1) A corrente em cada parte de um circuito com vários segmentos, tanto a resistência quanto à força eletromotriz são conhecidas em cada segmento; (2) a força eletromotriz em cada parte quando a resistência e a corrente em cada braço são conhecidas. Estas leis estão estabelecidas assim:
Lei da corrente - a soma algébrica das correntes em qualquer conexão de condutores em um circuito é zero. Isto significa que a quantidade de corrente fluindo de um ponto num circuito, é igual a quantidade fluindo para o mesmo ponto.
Lei da voltagem - a soma algébrica da voltagem aplicada e a queda de voltagem ao longo de qualquer circuito fechado é zero, o que significa que a queda de voltagem ao longo de qualquer circuito fechado é igual à voltagem aplicada.
CIRCUITO DE CORRENTE CONTÍNUA EM PARALELO – Um circuito em que duas ou mais resistências elétricas, ou cargas, são conectadas através da mesma fonte de voltagem é um circuito em paralelo, desde que exista mais de um caminho para o fluxo de corrente - quanto maior a quantidade de caminhos paralelos, menor oposição para o fluxo de elétrons da fonte se observará. Num circuito em série, a adição de resistências aumenta a oposição ao fluxo de corrente. Os requisitos mínimos para um circuito em paralelo são os seguintes: 1- uma fonte de força. 2- condutores. 3- uma resistência ou carga para cada caminho da corrente. 4- dois ou mais caminhos para o fluxo de corrente. - tensão é a mesma para todos os resistores. - resistência equivalente é sempre menor que o menor resistor do circuito- o voltímetro é sempre ligado em paralelo com o componente; não precisa abrir o circuito. Uma análise da equação para resistência total em um circuito em paralelo mostra que Resistência total é sempre menor do que a menor resistência num circuito em paralelo.
CIRCUITOS EM SÉRIE-PARALELO - A maior parte dos circuitos em equipamentos elétricos são circuitos em série ou em paralelo. São, normalmente, circuitos combinados, isto é, em série-paralelo, o que consiste em grupos de resistores em paralelo conectados em série com outros resistores. Os requisitos para um circuito em série paralelo são os seguintes: 1) fonte de força (bateria) 2) condutores (fios) 3) carga (resistências) 4) mais de um caminho para o fluxo de corrente 5) um controle (interruptor) 6) dispositivo de segurança (fusível). Embora os circuitos em série-paralelo possam parecer extremamente complexos, a mesma regra usada para circuitos em série e paralelo pode ser empregadas para simplificálos e resolvê-los.
Divisores de Voltagem - são dispositivos que possibilitam obter mais de uma voltagem de uma única fonte de força. Um divisor de voltagem normalmente consiste de um resistor ou resistores ligados em série, com contatos móveis ou fixos e dois contatos de terminais fixos. Como a corrente flui através do resistor, voltagens diferentes podem ser obtidas entre os contatos. Uma carga é qualquer dispositivo que consome corrente. Uma carga alta significa um grande dreno de corrente. Juntamente com a corrente consumida por várias cargas, existe certa quantidade consumida pelo próprio divisor de voltagem. Isto é conhecido como corrente "drenada".
REOSTATOS E POTENCIÔMETROS - Os divisores de voltagem são resistores de valores variados, através dos quais são desenvolvidas diversas quedas de voltagem. Os reostatos e os potenciômetros são resistores variáveis que são, às vezes, usados em conexão com os divisores de voltagem. Um reostato é um resistor variável usado para variar a quantidade de corrente fluindo num circuito. O potenciômetro é um resistor variável que possui três terminais. As duas extremidades e o braço corrediço são ligados num circuito.
Prefixos para unidades de medidas elétricas Tera Giga Mega Kilo ** Mili Micro Nano Pico MAGNETISMO - é definido como a propriedade de um objeto para atrair certas substâncias metálicas. Sem o magnetismo o mundo da eletricidade não seria possível. Substância é conhecida como magnetita ou óxido magnético de ferro. Substâncias são materiais ferrrosos, isto é, materiais compostos de ferro ou ligas de ferro, tais como ferro-doce, aço e alnico (alumínio-níquel-cobalto). Esses materiais, às vezes chamados de materiais magnéticos, hoje, incluem, no mínimo, três materiais não-ferrosos: níquel, cobalto e gadolínio, que são magnéticos em grau limitado. Não existe nenhum isolador conhecido para o fluxo magnético, ou linhas de força, porque elas atravessarão todos os materiais. um instrumento protegido por um revestimento de ferro-doce, que oferece diminuta resistência ao fluxo magnético. As linhas de força seguem o caminho mais fácil, de maior permeabilidade, e são guiadas externamente em relação ao instrumento.
Tipos de imãs - Existem imãs naturais (magnetita - imã) e artificiais (eletroímã – permanente e temporário). Como os imãs naturais ou magnetitas não têm uso prático, todos os imãs considerados neste estudo são artificiais ou produzidos pelo homem. Os imãs artificiais podem, então, ser classificados como imãs permanentes que conservam seu magnetismo muito tempo após ser removida a fonte magnetizadora de imãs temporários, que rapidamente perdem a maior parte do seu magnetismo quando a força de magnetização é removida. Almico, uma liga de ferro, alumínio, níquel e cobalto é considerada uma das melhores. Outras com excelentes qualidades magnéticas são ligas como Remalloy e Permendur.
Eletromagnetismo - Em 1819, o físico dinamarquês, Hans Christian Oersted descobriu que a agulha de uma bússola aproximada de um condutor sob corrente podia ser deflexionada. Quando o fluxo de corrente parava, a agulha retornava a sua posição original. Todo o condutor que é percorrido pór um fluxo de corrente produz a sua volta um campo eletromagnético. A intensidade do campo eletromagnético no condutor depende da intensidade do fluxo de corrente. Quanto maior o fluxo de corrente há expansão do campo magnético. A direção do fluxo de corrente no condutor interfere no sentido do campo eletromagnético. Como o campo magnético acompanha uma partícula carregada, quanto maior o fluxo de corrente, maior o campo magnético. Se o fluxo de corrente é de corrente contínua estável, sem variação, o campo magnético permanece estacionário. Quando a corrente cessa, o campo magnético acaba, e o magnetismo em torno do condutor desaparece. Eletroímãs são usados em instrumentos elétricos, motores, geradores, relés e outros dispositivos.
BATERIAS DE ACUMULADORES - Existem duas fontes de energia elétrica numa aeronave: (1) o gerador, que converte energia mecânica em energia elétrica, e (2) a bateria, que converte energia química em energia elétrica. As baterias são normalmente usadas na partida do motor e em emergências. Chumbo-ácido e níquel-cádmio são tipos de baterias de acumuladores geralmente em uso. A condição de carga da bateria é indicada pela densidade do eletrólito, que é verificada pelo uso de um densímetro.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DE CIRCUITOS - Para proteger os sistemas elétricos de aeronaves de danos ou falhas, causados por corrente excessiva, vários tipos de dispositivos de proteção são instalados nos sistemas. Fusíveis ("circuit-breakers") e protetores térmicos são utilizados para estes propósitos.
Fusíveis - Um fusível é uma tira de metal que fundirá sob excessivo fluxo de corrente, já que seu limite de condução é cuidadosamente prédeterminado. Vantagem – Fácil remoção. Desvantagem – tem que ser substituído. Os fusíveis são instalados em dois tipos de suportes na aeronave: "Plug-in holders”, usados para fusíveis pequenos e de baixa capacidade; "Clip" é o tipo usado para fusíveis de grande capacidade e limitadores de corrente. Quebra-circuitos (Circuit breakers) - Um quebra-circuito ("circuit breakers") é destinado a interromper o circuito e o fluxo de corrente quando a amperagem exceder um valor pré-determinado. Vantagem – pode ser armado novamente. Desvantagem – remoção não prática. Protetores térmicos - Um protetor térmico, ou chave, é usado para proteger um motor. Desarma com o aumento de temperatura.
CHAVES OU INTERRUPTORES - As chaves controlam o fluxo de corrente na maioria dos circuitos elétricos de aeronaves. Chaves-facas são raramente usadas em aeronaves. Chaves "toggle", bem como alguns outros tipos, são designadas pelo número de pólos, cursos e posições que tenham. Chave bipolar que pode completar dois circuitos, um por vez em cada pólo, é uma chave bipolar de duas posições. Ambas, uma faca e outra “toggle”. Chaves “push-button” bastante utilizada na aviação, possui ação de mola. São chaves que tem um contato estacionário e um contato móvel, que é fixado no botão de apertar. Chave de Seleção Giratória substitui várias chaves, quando o botão de uma chave é girado, ela abre um circuito e fecha outro. Relés ou chaves-relés são usadas para controle remoto de circuitos de grande amperagem.
Medidor d’Arsonval - O mecanismo básico de um medidor de C.C. é conhecido como D'Arsonval porque foi empregado pela primeira vez pelo cientista francês, D'Arsonval, para fazer medição elétrica. Este tipo de mecanismo é um dispositivo medidor de corrente, que é empregado em amperímetros, voltímetros e ohmímetros.
Amperímetro - O amperímetro D'Arsonval é um instrumento destinado à medição da corrente contínua fluindo num circuito, e consiste das seguintes partes: um imã permanente, um elemento móvel, mancal e um estojo que inclui terminais, um mostrador e parafusos.
Amortecimento (damping) - No sentido de que as leituras do medidor são mais rápidas e exatas, é desejável que o ponteiro móvel ultrapasse sua correta posição apenas um pouco, e venha a se estabilizar após não mais do que uma ou duas oscilações. Amortecimento elétrico, um método comum de “damping” por meios elétricos é enrolar a bobina sobre uma armação de alumínio. Como a bobina se movimenta no campo de um imã permanente, surgirão correntes parasitas na armação de alumínio. Amortecimento mecânico, o amortecimento a ar (“Air damping”) é um método comumente empregado por meios mecânicos, a palheta é fixada no eixo do elemento móvel, ficando no interior de uma câmara de ar. Sensibilidade de um Medidor é expressa como a quantidade de corrente necessária para dar a deflexão total na escala. È dada pela resistência ‘shunt’. Ela aumenta ou estende a faixa e leitura do medidor. O resistor é, então, chamado de “shunt” (derivação) porque permite o desvio de uma parte da corrente por fora do instrumento, estendendo a faixa do amperímetro. MULTÍMETROS Para efetuar a leitura: Voltímetro – sempre ligado em paralelo. – sempre utiliza a maior escala. – fonte deve estar ligada. Amperímetro – sempre ligado em serie. – sempre abrir o circuito. Ohmímetro – sempre ligado em série. – componente fora do circuito. (checa resistência, checa continuidade).
Megômetro - é um ohmímetro de alta faixa de indicação, contendo um gerador manual, checa resistência com valores acima de 1mega ohm, checa altas impedâncias como isolamento.
Ciclo e freqüência - Sempre que uma voltagem ou corrente passam por uma série de mudanças, retorna ao ponto de partida e, então, reinicia a mesma série de mudanças, a série é chamada ciclo (~). Freqüência (Hertz) é a repetição do ciclo em determinado espaço de tempo. Fase – Quando dois sinais atingem valores iguais ao mesmo tempo. Defasagem – Quando os dois sinais atingem valores iguais em tempos diferentes. Valores da corrente: - Valor instantâneo – Qualquer valor do solenóide. - Valor máximo – é o instantâneo mais alto. - Valor efetivo – é o mesmo valor da corrente continua que possa gerar igual efeito térmico (alternado). Efetivo = valor máximo x 0,707.
INDUTÂNCIA (L=H=Henry=Ώ) - A voltagem induzida é chamada de força contraeletromotriz (f.c.e.m.), já que se opõe à voltagem aplicada. Fatores que interferem na indutância: números de espiras, núcleo da bobina e a área da secção transversal.
REATÂNCIA – É a oposição ao fluxo de corrente que um componente CA oferece num circuito eletrônico. Reatância indutiva: Oposição ao fluxo de corrente em conseqüência da variação do sentido da corrente na bobina. Reatância capacitiva: é a oposição ao fluxo de corrente causado pela carga e descarga do capacitor.
CAPACITÂNCIA - Uma outra importante propriedade em circuitos de C.A., a par da resistência e indutância é a capacitância, que é representada por um capacitor (elemento que tem a função de armazenar e descarregar energia no circuito. Não passa corrente pelo capacitor – 2 tipos: fixo e variável – medido em farad “f”). Quanto maior a capacidade de isolamento do material, maior será a capacitância. As placas podem ser: cobre, estanho e alumínio. Dielétrico: é uma película de óxido sobre uma placa de alumínio. Tipos: Seco e Úmido. Podem ser: ar, mica, vidro, óleo e papel. Fatores que interferem na capacitância: tamanho da placa, tipo do dielétrico e distancia entra as placas. Capacitores de papel – papel encerado, para baixas capacitâncias, ex. 200 micromicrofarad. Capacitores a óleo – evita centelhamento no dielétrico usado para altas voltagens. Ex. sistema de radar e radar. Capacitores de mica – dielétrico melhor que o papel, capacitância entre 50 a 0,02 μμf. Capacitores eletrolíticos – permite grandes capacitâncias em tamanhos menores. Ex. de 1 a 1500 μμf. Ressonância – Quando os efeitos reativos (indutivo ou capacitivo) são iguais ou equivalentes num circuito de corrente alternada. (Xl = Xc = Ressonância).
TRANSFORMADORES - Um transformador modifica o nível de voltagem, aumentando-o ou diminuindo-o como necessário. Um transformador consiste de três partes básicas, são elas: um núcleo de ferro, que proporciona um circuito de baixa relutância para as linhas de força magnética; um enrolamento primário, que recebe a energia elétrica da fonte de voltagem aplicada; um enrolamento secundário, que recebe energia elétrica, por indução, do enrolamento primário. Existem duas classes de transformadores: (1) transformadores de voltagem, usados para aumentar ou diminuir voltagens; (2) transformadores de corrente, usados em circuitos de instrumentos. O grau de eficiência como o fluxo do primário, que é aproveitado no secundário, é chamado de “coeficiente de acoplamento”.
AMPLIFICADOR MAGNÉTICO - é um dispositivo de controle, sendo empregado em escala crescente em muitos sistemas eletrônicos e elétricos de aeronaves, por sua robustez, estabilidade e segurança em comparação com as válvulas a vácuo.
VÁLVULAS ELETRÔNICAS - O uso de válvulas nos sistemas eletrônicos e elétricos de aeronaves declinou rapidamente por causa das inúmeras vantagens do uso de transistores. As válvulas foram desenvolvidas para equipamentos de rádio. Elas eram usadas em rádio-transmissores, como amplificadores, para controlar voltagem e corrente; como osciladores para gerar sinais de áudio e radiofreqüência e, como retificadores, para converter corrente alternada em corrente contínua. Válvulas de rádio foram usadas com propósitos semelhantes em muitos dispositivos elétricos de aeronaves, tais como: piloto automático e regulador de “turbosupercharger”. Numa válvula, os elétrons são fornecidos por um pedaço de metal chamado catodo, que é aquecido por uma corrente elétrica.
Tipos de válvulas - Existem muitos tipos diferentes de válvulas, das quais a maioria classifica-se em quatro tipos: (1) diodo (semicondutor que conduz num único sentido), (2) triodo, (3) tetrodo e (4) pentodo. Diodos retificadores são usados em sistemas elétricos de aeronaves, especialmente quando alta voltagem C.C. é desejada para lâmpadas. Válvulas retificadoras foram largamente substituídas em sistemas de aeronaves por discos secos ou diodos semicondutores. O triodo é uma válvula de três elementos. Adicionalmente à placa e ao catodo existe um terceiro elemento, chamado grade, localizado entre o catodo e a placa.
TRANSISTORES – (semicondutor de três elementos – materiais ‘P’ e ‘N’ - muito usados para amplificadores de sinais). O transistor é um componente eletrônico que tem a mesma performance de uma válvula à vácuo. Ele é muito pequeno, leve no peso e não requer aquecimento; é também mecanicamente marcado e não acelera a extração de sinal. Os transistores de função são de dois tipos, o NPN e o PNP. Vantagem – substitui a válvula devida baixo consumo de potencia, tamanho reduzido e alto ganho – rendimento. Positivo (+): BORO, GALIO; Negativo (-): FÓSFORO, ARSÊNIO. Diodo Zener – é usado para regulagem de voltagem, elaborado para trabalhar com correntes reversas (valores negativos).
RETIFICADORES – circuito utilizado para selecionar ou retificar uma parte do sinal alternado. Tipos: pastilhas (discos), semicondutor (estado sólido) – mais usado.
MOTO-GERADOR - é um motor C.A. e um gerador de C.C. combinado em uma unidade. Esta combinação é freqüentemente chamada de conversor. Os conversores operam diretamente com voltagem monofásica ou trifásica. Retificação - é o processo de mudança de corrente alternada para corrente contínua.
FILTRAGEM – é utilizado em circuitos eletrônicos para melhorar a qualidade(eficácia) do sinal sobre a ‘carga’. Tipos: capacitivo e indutivo. Medidor de frequência tipo “vibrating-reed” - Este tipo de medidor de frequência é o mais simples indicador de frequência de uma fonte C.A.

MATERIAIS DE AVIAÇÃO E PROCESSO "Resumo"


IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE AVIAÇÃO – A maioria dos itens é identificada por números de especificação ou nome do fabricante. Peças com fios de rosca e rebites são usualmente identificados pelas letras AN (Air Force - Navy), NAS (National Aircraft Standard), ou MS (Military Standard) seguidas de números. Prendedores rosqueados – Os vários tipos de dispositivos de fixação, ou de fechamento, permitem uma rápida desmontagem e recolocação de partes de aeronaves, que devem ser separadas e conectadas em intervalos freqüentes. Existem dois tipos de parafusos: os utilizados em mecânica (bolts), geralmente quando se necessita grande firmeza; e os de rosca soberba (screws), quando a firmeza não é um fator importante. Também há diferenças distintas: a ponta com fios de roscas de um parafuso para mecânica é sempre rombuda (faces paralelas), enquanto que o de rosca soberba pode ter a ponta com rosca rombuda ou pontuda. O parafuso para mecânica (bolt), geralmente tem uma porca atarrachada para completar o conjunto, enquanto que o de rosca soberba pode ser introduzido em um orifício próprio para ele; ou, diretamente no material a ser fixado. Um parafuso para mecânica tem a parte rosqueada relativamente curta, com relação ao comprimento; enquanto isso, o de rosca soberba tem a parte rosqueada relativamente longa, e não tem a parte lisa (gola), claramente definida. Um conjunto, parafuso/porca é geralmente apertado pela porca; e a cabeça do parafuso poderá ser ou não utilizada para fixar o conjunto. Um parafuso de rosca soberba é sempre apertado pela cabeça. Quando um dispositivo de fixação tiver que ser substituído, deverá sê-lo por uma duplicata do original, sempre que possível. Se não houver uma duplicata, muito cuidado deverá ser tomado na seleção do substituto.
Classificação dos fios de rosca – Para os parafusos para aeronaves (bolts); ou os de rosca soberba (screws); e porcas, são fabricados em um dos seguintes tipos de fios de rosca: NC (American National Coarse), série de filetes grossos destinados ao uso em metais; NF (American National Fine), séries de filetes finos destinado ao uso geral em aeronaves e motores; UNC (American Standard Unified Coarse) ou UNF (American Standard Unified Fine). A diferença entre os tipos de rosca da série American National (NC e NF) e os do tipo American Standard Unified (UNC e UNF) pode ser notada, por exemplo, no parafuso de uma polegada (1") de diâmetro do tipo NF, que será especificado como 1-14NF, indicando possuir 14 fios de rosca em cada polegada da parte rosqueada, enquanto que, o parafuso de uma polegada (1") de diâmetro do tipo UNF será especificado como 1-12UNF, indicando possuir 12 fios de rosca em cada polegada da parte rosqueada. Por exemplo, a especificação indica que um parafuso de 1/4" de diâmetro tem 28 fios de rosca em cada polegada da parte rosqueada.
Classe 1 - "Loose fit" - ajuste com folga ou encaixe deslizante - usado onde o espaço entre as partes conjugadas é essencial para uma rápida montagem, podendo ser girado com os dedos;
Classe 2 - "Free fit" - ajuste livre – destinado a partes que são unidas com parafusos e porcas, tipo comerciais onde um pequeno jogo tem uma relativa margem de tolerância;
Classe 3 - "Medium fit" - ajuste médio – destinado a partes onde é desejado um valor mínimo de folga ou de jogo entre as partes rosqueadas. Esse tipo de ajuste é geralmente empregado na construção aeronáutica.
Classe 4 - "Close fit" - forte ajuste ou ajuste sob pressão - destinado a requisitos especiais. As roscas, direita e esquerda são designadas respectivamente por RH e LH.
PARAFUSOS DE AVIAÇÃO – Na aviação são fabricados em aço resistente à corrosão, com banho de cádmio ou de zinco; de aço resistente a corrosão, sem banho, ou ainda de liga de alumínio anodizado. A maioria dos parafusos, utilizados em estruturas de aeronaves, tanto pode ser do tipo padrão como AN, NAS com encaixe na cabeça para ferramentas, de tolerância mínima, ou do tipo MS. Os parafusos especiais são normalmente identificados por uma letra "S" estampada na cabeça. Os parafusos AN são encontrados em três estilos de cabeça: hexagonal, Clevis e com olhal. Os parafusos NAS são encontrados com a cabeça hexagonal, com encaixe na cabeça para ferramentas e com a cabeça escariada. Os parafusos MS têm a cabeça hexagonal ou com encaixe para ferramentas.
Parafusos de uso geral – Os parafusos de cabeça hexagonal (AN-3 até AN-20), são usados em estruturas, e em aplicações gerais, que envolvam cargas de tensão e de cizalhamento. Os parafusos de ligas de aço, menores do que o nº 1032; e os de liga de alumínio, menores do que 1/4" de diâmetro, nunca devem ser usados em peças estruturais.
Parafusos de tolerância mínima – Esse tipo de parafuso é fabricado com mais cuidado do que o de uso geral. Os parafusos de tolerância mínima podem ser de cabeça hexagonal (AN-173 até AN-186) ou ser de cabeça chanfrada a 100º (NAS80 até NAS-86).
Parafusos com encaixe na cabeça para adaptação de chave – Estes parafusos (MS-20004 até MS-20024 ou NAS-495), são fabricados de um aço de alta resistência, e são adequados para o uso em locais onde são exigidos esforços de tensão e cisalhamento.
Identificação e códigos - Os parafusos de aviação do tipo AN podem ser identificados pelo código marcado nas cabeças. Um parafuso AN padrão é marcado na cabeça, com riscos em relevo, ou um asterisco; o de aço resistente a corrosão é indicado por um simples risco; e o de liga de alumínio AN é marcado com dois riscos opostos. Informações adicionais, como o diâmetro do parafuso, comprimento ou aperto adequado, são obtidos pelo número de parte (Part number). Por exemplo, um parafuso cujo número de parte seja AN3DD5A, as letras "AN", indicam ser um parafuso padrão Air Force-Navy; o "3" indica o diâmetro em dezesseis avos da polegada (3/16"); o "DD", indica que o material é liga de alumínio 2024. A letra "C", no lugar de "D", indicaria aço resistente à corrosão e, a ausência das letras, indicaria aço com banho de cádmio. O "5" indica o comprimento em oitavos da polegada (5/8"); e o "A", indica não possuir furo para contrapino. As marcas do tipo de material dos parafusos NAS são as mesmas para os AN, exceto quando elas são riscadas ou rebaixadas. Os parafusos que receberam inspeção magnética (Magnaflux) ou por meios fluorescentes ( Zyglo), são identificados por uma tinta colorida ou uma marca tipo distintivo na cabeça.
Parafusos para fins especiais – São os fabricados para uma particular aplicação, por exemplo: parafuso Clevis, parafuso de Olhal, Jobolts e Lockbolts. Parafusos Clevis – é usado somente onde ocorrem cargas de cizalhamento e nunca de tensão. Ele é muitas vezes colocado como um pino mecânico em um sistema de controle.
Parafusos de Olhal - Este tipo de parafuso especial é usado onde cargas de tensão são aplicadas. O Olhal tem por finalidade permitir a fixação de peças, como o garfo de um esticador, um pino Clevis ou um terminal de cabo. A parte com rosca pode ou não ter o orifício para contrapino.
"Jobolts" – "JOBOLT" é a marca registrada de um rebite com rosca interna e composto de rês partes: um parafuso de liga de aço, uma porca de aço com rosca e uma luva expansível de aço inoxidável. A alta resistência ao cizalhamento à tensão, tornam o JOBOLT adequado ao uso em casos de grandes esforços, onde os outros tipos de prendedores são impraticáveis. Eles são usados em áreas que não são sujeitas à constantes substituições ou serviços. Como ele é formado por três partes, não deverá ser utilizado em locais, caso uma parte se solte, ou seja sugada pela entrada de ar do motor. Outras vantagens do uso do JOBOLT são sua excelente resistência à vibração, pouco peso e rápida instalação por apenas uma pessoa.
Parafusos de retenção (Lokbolts) - O parafuso de retenção é geralmente usado na junção de asas, ferragens do trem de pouso, ferragens de células de combustível, longarinas, vigas, união do revestimento e outras uniões importantes da estrutura. Ele é mais rapidamente e facilmente instalado do que um rebite ou parafuso convencionais e elimina o uso de arruelas-freno, contrapinos e porcas especiais. Os três tipos de parafusos de retenção lockbolts mais usados são:
(a) convencional (pull) – Uma ferramenta pneumática especial ("pull gun") é necessária para instalar este tipo de lockbolt. A instalação pode ser executada por apenas uma pessoa por não ser necessário o uso de barra encontradora.
(b) curto (stump) – Eles são usados principalmente quando o espaço não permite a instalação do tipo convencional.
(c) cego (blind) – Os parafusos de retenção cegos são usados onde somente um lado do trabalho é acessível e, geralmente, onde for difícil a cravação de um rebite convencional. São usados principalmente em estruturas primárias e secundárias de aeronaves. Eles são instalados muito rapidamente e têm aproximadamente a metade do peso dos parafusos e porcas AN equivalentes.
PORCAS DE AERONAVES – As porcas usadas em aviação são feitas em diversos formatos e tamanhos. São fabricadas com aço carbono banhado em cádmio, aço inoxidável, ou liga de alumínio 2024T anodizado; e pode ser obtida com rosca esquerda ou direita. Não existem marcas de identificação ou letras nas porcas, elas podem ser identificadas pelas características metálicas, brilho ou cor de alumínio, bronze ou o encaixe, quando a porca for do tipo autofreno. As porcas usadas em aviação podem ser divididas em dois grupos gerais: Comuns e autofreno; Comuns são aquelas que devem ser frenadas por um dispositivo externo como contrapino, arame de freno ou contra-porcas. Porcas autofreno são as que contém características de frenagem como parte integral.
Porcas comuns - É o mais comum tipo de porca, incluindo a lisa, a castelo, a castelada de cizalhamento, a sextavada lisa, a hexagonal leve e a lisa leve.
Porcas autofreno – Conforme seu nome indica, as porcas autofreno não necessitam de meios auxiliares de frenagem, por já terem como característica de construção dispositivos de frenagem, como parte integral.
Porca autofreno boot – É uma porca construída de uma só peça, inteiramente metálica, destinada a manter a fixação mesmo sob severa vibração.
Porcas autofreno de aço inoxidável - São porcas que podem ser colocadas ou retiradas, girando-as com os dedos, porque sua ação de frenagem só é efetiva quando a porca estiver apertada, contra uma superfície sólida. A porca consiste de duas partes; o corpo, com um ressalto chanfrado para frenagem com chaveta e uma peça com rosca; um ressalto de frenagem, e uma ranhura de encaixe para a chaveta.
Porca elastic stop - É uma porca padrão, com a altura aumentada, para acomodar um colar de fibra para frenagem. Este colar de fibra é bastante duro e resistente, não sendo afetado quando imerso em água quente ou fria, ou em solventes comuns como éter, tetracloreto de carbono, óleos ou gasolina. O colar não causa danos à rosca ou à camada protetora do parafuso. Não instale a porca elastic stop em locais em que a temperatura ultrapasse 110º C (250ºF), porque a ação de frenagem da fibra perde a eficiência a partir desse ponto. Porcas autofreno podem ser usadas em motores de aeronaves e acessórios, quando o seu uso for especificado pelo fabricante do motor. Porcas do tipo clinck e spline, que dependem de fricção para sua fixação, não são aceitáveis para o uso em estruturas de aeronaves.
Porcas de chapa - Do mesmo modo que as porcas rápidas, as porcas de chapa são usadas com parafusos de rosca soberba, em locais que não sejam estruturais. Elas são fabricadas em aço de mola e são arqueadas antes do endurecimento. Esse arqueamento da mola funciona como trava, impedindo a perda do aperto do parafuso.
Porcas com encaixe interno e externo – São encontrados dois tipos comerciais de porcas de alta resistência, com encaixe interno ou externo para ferramentas; elas são porcas do tipo elastic stop e do tipo umbrako. Ambas são do tipo autofreno, com tratamento térmico, e capazes de oferecer uma alta resistência à carga de tensão do parafuso.
ARRUELAS DE AVIAÇÃO - Arruelas de aviação usadas no reparo de células de aeronaves podem ser:
Arruelas planas – Tanto a AN960 como a AN970 são usadas sob as porcas sextavadas. Arruelas planas devem ser usadas sob as arruelas freno para evitar danos na superfície do material. Arruelas de alumínio e de liga de alumínio podem ser usadas, sob as cabeças dos parafusos ou porcas, em estruturas de liga de alumínio ou de magnésio, quando houver a possibilidade de corrosão causada por metais diferentes.
Arruelas freno - Tanto a arruela freno AN935 quanto a AN936, são usadas com parafusos de máquina ou parafusos de aviação, onde as porcas autofreno ou castelada não devem ser instaladas. A ação de mola da arruela freno (AN935), proporciona fricção suficiente para evitar o afrouxamento da porca, devido a vibração. A arruela freno AN935 é também conhecida como arruela de pressão. As arruelas freno nunca devem ser usadas nas seguintes condições:
A. Com prendedores em estruturas primárias ou secundárias;
B. Com prendedores, em qualquer parte da aeronave, onde a falha poderá resultar em perigo ou dano pessoal, ou material;
C. Quando a falha provocar a abertura de uma junção para o fluxo de ar;
D. Quando o parafuso estiver sujeito a constantes remoções;
E. Quando a arruela estiver exposta ao fluxo de ar;
F. Quando a arruela estiver sujeita à condições de corrosão;
G. Quando a arruela estiver de encontro a materiais macios, sem uma arruela plana por baixo para evitar cortes na superfície.
Arruelas freno à prova de vibração - São arruelas circulares com uma pequena aba, a qual é dobrada de encontro a uma das faces laterais de uma porca ou, da cabeça de uma parafuso sextavado, travando na posição. Existem vários métodos de segurança com arruelas, como uma aba, que dobrada a 90º é introduzida em um pequeno orifício na face da unidade, ou uma aba interna, que fixará um parafuso com uma ranhura própria para o freno. Arruelas especiais - As arruelas AC950 (ball socket) e a AC955 (ball seat), são arruelas especiais, usadas quando um parafuso precisa ser instalado em ângulo com a superfície ou quando for necessário um perfeito alinhamento entre o parafuso e a superfície.
INSTALAÇÃO DE PARAFUSOS E PORCAS - Parafusos e medidas dos furos Pequenas folgas nos furos para os parafusos, são aceitáveis, onde quer que sejam usadas sob tensão, e não estejam sujeitas a inversão de carga. Algumas das aplicações, nas quais a folga nos furos é permitida. São elas: suportes de polias, caixas de conduítes, revestimento e diversos suportes. Os furos para os parafusos devem ser adequados a superfície envolvida, para proporcionar um total apoio à cabeça do parafuso e a porca, e não devendo ser maior do que o necessário, nem ovalizado. A fixação de um parafuso em um furo não pode ser definida em termos de diâmetros, como eixo e furo; ela é definida em termos de fricção, entre o parafuso e o furo, quando o parafuso é introduzido no lugar.
Práticas de instalação - Examine as marcações das cabeças dos parafusos para determinar o material correto de cada parafuso. Uma arruela protege, contra danos mecânicos, o material que está sendo aparafusado e evita a corrosão dos membros estruturais. Porém, parafusos de pescoço, ligeiramente maior, podem ser usados, se forem colocadas arruelas sob a porca e sob a cabeça do parafuso. No caso de arruelas planas, adicione calços (shimes) sob as arruelas.
Frenagem de parafusos e porcas - É muito importante que todos os parafusos e porcas, exceto as do tipo autofreno, sejam frenadas após a instalação.
TORQUE E TORQUÍMETROS - Com a finalidade de distribuir a carga, com toda segurança através de uma estrutura, é necessário que o torque adequado seja aplicado em todas as porcas, parafusos e prisioneiros. Usando o torque apropriado permitirá que a estrutura desenvolva a resistência designada e reduzirá a possibilidade de falha devido à fadiga.
Torquímetros - Os três torquímetros mais utilizados são: barra flexível, estrutura rígida e estrutura de catraca. Para assegurar-se de que a correta quantidade de torque é aplicada nos parafusos e porcas, todas os torquímetros devem ser testados, pelo menos uma vez por mês, ou mais vezes se necessário.
Nota : Não é aconselhável o uso de extensão em um torquímetro do tipo barra flexível. Nos outros tipos de torquímetros, somente a extensão não causará efeito na leitura da indicação do torque.
Alinhamento do furo para contrapino - Quando apertando porcas casteladas em parafusos, o furo para contrapino pode estar desalinhado com a ranhura da porca ao atingir o valor de torque recomendado.
OUTROS TIPOS DE PARAFUSOS DE AVIAÇÃO (SCREWS) - Estes parafusos são os prendedores rosqueados mais usados nas aeronaves. Eles podem ser instalados com uma rosca com folga e o formato da cabeça permite o encaixe de chaves de fenda ou de boca. Alguns destes parafusos têm claramente definida a parte do corpo sem rosca, enquanto outros, possuem fios de rosca em todo o seu comprimento. Os parafusos mais usados desta classe estão divididos em três grupos:
(1) Parafusos para estruturas - os quais têm a mesma resistência e medidas iguais as dos parafusos comuns (BOLTS);
(2) Parafusos de máquina - a maioria dos parafusos utilizados em reparos gerais;
(3) Parafusos de rosca soberba - aqueles utilizados para fixar pequenas partes.
REPAROS EM ROSCAS INTERNAS - As roscas, danificadas em parafusos ou porcas, são facilmente identificadas, e só requerem a substituição da parte danificada. Quando roscas internas se danificam, existem duas alternativas: a substituição da peça e o reparo, ou a substituição da rosca. A recuperação da rosca danificada é normalmente, o recurso mais barato e mais conveniente. Os dois métodos de reparo são: substituição de buchas (quando a bucha é instalada, um produto de vedação pode ou não ser usado, para evitar perdas) e instalação de roscas postiças Heli-Coils (É um arame de aço inoxidável, de seção rômbica, enrolado com rigorosa precisão, em forma de mola helicoidal ).
Instalação da rosca postiça – Furar, abrir rosca, medir e instalar.
REPARO COM LUVAS ACRES - Luvas prendedoras acres são elementos tubulares, de parede fina, com a cabeça em ângulo para furos escareados. Ao longo do seu comprimento, ranhuras proporcionam locais para a quebra ou o corte do excesso do comprimento, para a medida exata. As ranhuras proporcionam também um espaço para manter o adesivo ou selante quando colando a luva no furo.
PRENDEDORES DE ABERTURA RÁPIDA - São prendedores usados para fixar janelas de inspeção, portas e outros painéis removíveis da aeronave. São conhecidos também pelos termos: rápida ação trava rápida e prendedores para painéis trabalhantes. Os mais comuns são: Dzus (Consiste em um pino prisioneiro, um ilhós e um receptáculo); Camloc (é usado para prender coberturas e carenagens da aeronave. Ele consiste de três partes: um conjunto prisioneiro, um ilhós e um receptáculo. Dois tipos de receptáculos são fornecidos: o rígido e o flutuante); Airloc(consistem de três partes: um prisioneiro, um pino e um receptáculo)
CABOS DE COMANDO - são os meios mais amplamente utilizados para acionamento das superfícies primárias dos controles de vôo. Comandos através de cabos são também utilizados nos controles de motores, sistemas de extensão, em emergência do trem de pouso, e vários outros sistemas das aeronaves.
Construção de cabos – O componente básico de um cabo é o arame. Os cabos mais comuns usados em aeronaves são: O cabo 7x7, de média flexibilidade e é usado para comando de compensadores, controle dos motores e comando de sistemas de indicação. O cabo 7x19, cabo é extremamente flexível, e é usado nos sistemas primários de comando, e em outros locais, onde, a ação sobre roldanas é freqüente.
Terminais de cabos – Os cabos podem ser conectados com diversos tipos de terminais, sendo os mais utilizados os do tipo prensado, com formato de bola, garfo, rosqueado e outros.
Esticador - é um mecanismo formado por dois terminais roscados, e uma peça intermediária, que, ao ser girado em um sentido, tende a separar os terminais. Em outra direção, tende a junta-los, possibilitando assim, a regulagem da tensão dos cabos de comando ligados aos terminais.
CONEXÕES RÍGIDAS DE CONTROLE - São tubos, utilizados como ligação, em vários tipos de sistemas, operados mecanicamente. Este tipo de ligação elimina o problema de tensão e permite a transferência, tanto de compressão como de tração, por meio de um simples tubo.
PINOS - Os três principais tipos de pinos usados em estruturas de aeronaves são: pino (mais utilizado – Pino liso), de cabeça chata (pino clevis) e contrapino (utilizados em materiais não magnéticos). Os pinos são usados em aplicações cisalháveis e por segurança. Pinos cônicos têm tido sua aplicação aumentada em construção aeronáutica.
Rollpins - É um pino colocado sob pressão e com as pontas chanfradas, tem a forma tubular e cortado em todo o seu comprimento.
MÉTODOS DE SEGURANÇA - São os processos de segurança empregados em toda a aeronave em parafusos, porcas, pinos e outros elementos de fixação, os quais não podem trabalhar frouxos devido a vibração. É necessária uma familiarização, com os vários métodos e meios de frenagem do equipamento na aeronave, com a finalidade de executar a manutenção e inspeção. Os mais utilizados são: arame de freno, contra-pinos, arruelasfreno, anéis de pressão e porcas especiais, como a auto-freno e contra-porca. Método de enrolamento duplo de arame - Dos métodos de frenagem de esticadores, o enrolamento duplo é o preferido, embora o método de enrolamento simples seja satisfatório.
Método de enrolamento simples - Esse método é aceitável, mas não tão eficientes quanto os de enrolamentos duplos.
Anel de pressão – É um anel de metal, de seção circular ou chata, o qual é temperado para ter ação de mola. É esta ação de mola que o mantém firmemente assentado na ranhura. Existem dois tipos: tipo externo têm por finalidade contornar a parte externa de eixos ou cilindros, assentados em ranhuras, e o tipo interno são fixados em ranhuras na parte interna de cilindros. Os do tipo externo, poderão ser frenados; mas, os internos, nunca são frenados.
REBITES - Uma aeronave, apesar de sempre ser feita com os melhores materiais e as mais resistentes partes, terá um valor duvidoso, a menos que todas as partes estejam firmemente ligadas. Vários métodos são usados para manter as partes de metal unidas; eles incluem a utilização de rebites, parafusos, solda ou solda forte. O processo usado pode produzir uma união tão forte quanto o material de cada uma das partes. Os dois tipos principais de rebites usados em aeronaves são: o rebite sólido, o qual é rebatido usando-se uma barra encontradora; e o tipo especial, o qual pode ser instalado quando o local não permite usar a barra encontradora.
REBITES ESPECIAIS –
Rebites cegos - Existem muitos locais em uma aeronave cujo acesso a ambos os lados de uma estrutura rebitada, ou parte estrutural, é impossível de ser alcançado. Os rebites especiais, que tenham sido designados para esses locais, devem permitir a cravação pela parte frontal.
Rebites cravados mecanicamente – Duas classes de rebites cravados mecanicamente serão aqui apresentadas:
(1) - Não estruturais
(1.a) Rebites de auto-cravação (Rebites de auto-cravação - travados por atrito são fabricados em duas partes: uma cabeça; um corpo oco ou luva; e uma haste, que se estende através do corpo oco);
(1.b) Rebites Pul-Thru (são fabricados em duas partes: um rebite com cabeça, de corpo oco ou luva; e, uma haste que atravessa o corpo oco).
(2) - Rebites travados mecanicamente, quebra rente à cabeça e auto-cravação (são semelhantes aos travados por atrito, exceto pela maneira de retenção da haste na luva do rebite).
Rebites Cherry-Lock com bulbo – A grande e cega cabeça deste rebite contribuiu para a introdução da palavra "bulbo" na terminologia dos rebites cegos.
Rebites Cherry-Lock Wiredraw – Este rebite possuem uma extensa gama de tamanhos, materiais e níveis de resistência. Este prendedor é especialmente escolhido para aplicações de selagem e funções que requerem uma excessiva quantidade de chapas.
Porca - Rebite (Rivnut) – Esta é a marca registrada de um rebite oco e cego, feito de liga de alumínio 6053, escareada e com rosca na parte interna.
Rebites Dill – Dill "Lok-Skrus" e "Lok-Rivet" são marcas registradas de rebites com rosca interna. Lok-Skrus e Lok-Rivet são semelhantes ao Rivnut, tanto na aparência, como na aplicação; contudo, eles são constituídos de duas partes e necessitam de mais espaço no lado cego do material, do que o Rivnut para acomodar o corpo.
Rebites Deutsch - Esse é um rebite cego, de alta resistência usado nos antigos modelos de aeronaves. Ele tem uma resistência mínima ao cisalhamento de 75.000 p.s.i. e pode ser instalado por apenas um homem. O rebite Deutsch consiste de duas partes: uma luva de aço inoxidável e um pino de aço temperado.
Rebites Hi-Shear - São pinos rebites classificados como especiais; mas, não são do tipo cego. Para instalar esse tipo de rebite, é necessário o acesso em ambos os lados do material.
PLÁSTICOS - Os plásticos são usados em muitas aplicações, por todas parte, aeronaves das modernas. Plásticos transparentes - Os materiais usados em capotas de aeronaves, parabrisas e outras janelas transparentes semelhantes podem ser divididas em duas classes principais ou grupos. Estes plásticos são classificados de acordo com a sua reação ao calor. As duas classes são:
Termoplásticos (thermoplastic) – amolecem com o calor e endurecem quando resfriados.
Termo-endurecidos ( thermo-setting) – endurecem quando aquecidos e, se reaquecidos não amolecerão. Estes plásticos não podem ser reformados após terem sido endurecidos pela ação do calor.
Plástico reforçado - é um material termoendurecido usado na construção de radomes, acabamento de antenas e de pontas de asa e, como isolante de várias peças de equipamento elétrico e células de combustível. Ele possui excelentes características dielétricas. São formados tanto por laminados sólidos como por laminados tipo sanduíche. As resinas usadas para impregnar o tecido de formação da fibra de vidro são do tipo contato pressão (requerendo pouca ou nenhuma pressão durante a cura).
BORRACHA - é usada para evitar a entrada de poeira, água, ou ar e, para evitar a perda de fluidos, gases ou ar. Ela é também usada para absorver vibração, reduzir ruído e amortecer o impacto de cargas. O termo "borracha" é tão abrangente como o termo "metal". Ele é usado para denominar não somente a borracha natural, mas também todas as borrachas sintéticas e silicone.
Borracha Natural - Estas propriedades incluem: flexibilidade, elasticidade, resistência à tensão, resistência a rasgos e baixa geração de calor quando sob flexão (histerese). Sua aplicação em aeronaves é limitada devido a sua pouca resistência na maioria das causas de deterioração. Embora proporcione um excelente selo para muitas aplicações, ela se dilata e, muitas vezes, amolece em contato com combustível de aeronaves e com solventes (naftas, etc.). A borracha natural se deteriora mais rapidamente do que a borracha sintética. Ela é usada como material selante para água e sistemas de metanol.
Borracha Sintética – A borracha sintética é disponível em diversos tipos e, cada um deles, é composto de diferentes materiais para fornecer as desejadas propriedades. As mais amplamente usadas são:
Butyl - é um hidrocarboneto com superior resistência à penetração de gás. Ele é também resistente a deterioração. Assim como a borracha natural, borracha feita de butyl dilata-se em contato com o petróleo ou solventes minerais. Ela tem uma baixa razão de absorção de água e boa resistência ao calor e a baixa temperatura. A borracha de butyl é usada com fluidos hidráulicos, como o skydrol, fluidos de silicone, gases e acetonas.
Buna-S - é semelhante a borracha natural, tanto na fabricação, como nas características de desempenho. Ela é resistente à água como a borracha natural, mas possue algumas características de durabilidade, melhores do que a borracha natural. Normalmente, usada para pneus e câmaras de ar como substituta da borracha natural.
Buna-N - é importante em sua resistência aos hidrocarbonetos e outros solventes, no entanto, ela tem pouca elasticidade em solventes a baixa temperatura, é resistente a rasgos, a exposição a luz do sol e ao ozônio, é usada para tubulações de óleo e gasolina, forro de tanques, gaxetas e selos.
Neopreno - pode ser submetida a condições mais severas do que a borracha natural e possue melhores características em baixa temperatura. Ela possue excepcional resistência ao ozônio, luz do sol, calor e ao envelhecimento, tem aparência e reação ao tato, semelhante a borracha natural.
Thiokol - também conhecida como borracha "Polysulfeto", tem uma grande resistência a deterioração. "Borrachas de Silicone" é um grupo de material plástico feito de Silicone, oxigênio, hidrogênio e carbono. Elas têm excelente estabilidade no calor e mantêm a flexibilidade em temperaturas muito baixas.
Silastic - um dos mais conhecidos Silicones, é usado para isolar equipamentos elétricos e eletrônicos. Silastic é também usado para gaxetas e selos em alguns sistemas de óleo.
AMORTECEDORES DE ELÁSTICO - São amortecedores feitos de borracha natural, em fios trançados, encaixados em uma capa de algodão tratado para resistir a oxidação e ao desgaste. Existem dois tipos de elásticos para amortecedores: o tipo I, um elástico reto, e o tipo II, um anel contínuo conhecido como " Bungee". As vantagens do tipo II são: a facilidade e a rapidez da substituição e não ter que ser fixado durante a ação de amortecimento.
VEDADORES (Seals) - são usados para evitar a passagem de líquidos em determinados pontos, como também, manter o ar e a poeira fora do sistema em que são usados. Não existe um tipo ou um estilo de vedador que satisfaça a todas as instalações; e, as razões são as seguintes:
1 - Pressão na qual o sistema opera;
2 - O tipo de fluido usado no sistema;
3 - O acabamento do metal e a folga entre ele e as partes adjacentes;  
4 - O tipo do movimento (rotação ou alternado), se houver.
Os vedadores estão divididos em três classes principais:
(1) Gaxetas (packings) - São feitas de borracha sintética ou natural e são usadas, geralmente, como "vedadores dinâmicos"; isto é, em unidades que contenham partes móveis, como cilindros de atuação, bombas, válvulas seletoras etc. As gaxetas são feitas no formato de anéis com a seção em:
"O" (Orings): Também chamados de anéis de vedação, são usados para evitar, tanto os vazamentos internos, como os externos.
 "V" (V-rings): São vedadores descartáveis (AN 6225) e são instalados sempre com a parte aberta do "V", faceando a pressão.
"U" (U-rings) - sob a forma de anel ou, em copo, são usadas em conjuntos de freio e nos cilindros mestre de freios;
(2) Juntas de vedação – São usadas como selos estáticos (estacionários) entre duas superfícies planas. Os materiais mais comuns para confecção de juntas são: Amianto: é usado sempre que for necessário uma junta resistente ao calor. Cobre: usada para a vedação de velas de ignição, onde é necessário uma junta não compreensível, porém macia. Cortiça: usadas como uma vedação, para o óleo entre o cárter do motor e os acessórios. Borracha: usadas onde for necessária uma junta compreensível.
(3) Limpadores (Wipers) – São usados para limpar e lubrificar a porção exposta dos eixos de cilindros. Eles evitam a entrada de poeira no sistema.
 Anéis auxiliares de impacto ( backup rings) – São anéis de teflon (MS 28782) que não deterioram com a idade, não são afetados por qualquer sistema de líquido ou vapor e podem tolerar temperaturas além daquelas encontradas nos sistemas hidráulicos de alta pressão.
SELANTES - Determinadas áreas das aeronaves são vedadas para conter a pressurização do ar, evitar vazamento de combustível, impedir a passagem de gás, ou, para evitar a corrosão, vedando contra as intempéries.
Selantes simples (one-part) – São preparados pelo fabricante e estão prontos na embalagem para a aplicação. Contudo, a consistência de alguns destes compostos podem ser alteradas para satisfazer um particular método de aplicação.
Selantes compostos (two-part) – Os selantes compostos necessitam de embalagens separadas, para evitar a cura, ou, o endurecimento antes da aplicação e, são identificados como base selante e acelerador ou catalisador.
CONTROLE DA CORROSÃO - A corrosão de um metal é a deterioração pelo ataque químico ou eletroquímico e, pode ter lugar, tanto internamente, quanto na superfície. Água ou vapor de água contendo sal, combina com o oxigênio na atmosfera, para produzir a principal fonte de corrosão em aeronaves. A corrosão pode causar eventual falha estrutural se não for combatida. A aparência da corrosão varia com o metal. Nas ligas de alumínio e de magnésio, ela aparece como pequenas cavidades ásperas, muitas vezes combinada com um depósito de pó branco ou cinza. No cobre e nas ligas de cobre, a corrosão forma uma película verde; no aço, uma ferrugem avermelhada.
Tipos de corrosão - Existem duas classificações gerais para a corrosão, que cobrem a maior parte das formas específicas. São elas; o ataque químico direto e o ataque eletroquímico. Em ambos os tipos de corrosão o metal é convertido em compostos metálicos, como o óxido, o hidróxido, ou o sulfato. O processo de corrosão sempre envolve duas alterações simultâneas: o metal, que é atacado ou oxidado, sofre o que pode ser chamado de transformação anódica; e, o agente corrosivo, é reduzido e pode ser considerado como sofrendo uma transformação catódica.
FORMAS DE CORROSÃO - Há muitas formas de corrosão. Essas dependem do metalenvolvido, de seu tamanho e formato, de sua função específica, das condições atmosféricas e da presença de agentes indutores da corrosão.
Corrosão superficial - A corrosão superficial aparece como uma rugosidade generalizada, uma mancha ou cavidades minúsculas na superfície do metal, freqüentemente companhada do resíduo pulvurento dos produtos da corrosão.
Corrosão entre metais diferentes - Dano extensivo, pela formação de cavidades minúsculas, pode resultar do contato entre metais diferentes na presença de um condutor.
Corrosão intergranular - Esse tipo de corrosão é um ataque em torno dos grãos de uma liga e, comumente, resulta na perda da uniformidade na estrutura da liga.
Corrosão sob tensão fraturante (stress) - A corrosão, sob tensão fraturante, ocorre como o resultado do efeito combinado de cargas de tensão residual e meio ambiente corrosivo.
Corrosão por atrito (FRETTING) - A corrosão por atrito ("fretting") é uma forma particularmente danosa de ataque corrosivo, que ocorre quando duas superfícies estão em contato uma com a outra, havendo pressão entre as duas, sujeitas a um ligeiro movimento relativo.
FATORES QUE AFETAM A CORROSÃO - Muitos fatores afetam o tipo, a velocidade, a causa e a gravidade da corrosão dos metais. alguns desses fatores podem ser controlados; outros, não.
Clima - As condições ambientais, sob as quais uma aeronave é mantida e operada, afetam muito as características da corrosão. Em ambiente predominantemente marítimo (com exposição à água do mar e ao ar marinho), com ar carregado de umidade, é consideravelmente mais danoso para uma aeronave do que se todas as operações fossem conduzidas em clima seco.
Tamanho e tipo de metal - Seções estruturais, com paredes grossas, são mais suscetíveis ao ataque corrosivo que as de paredes finas, porque, as variações nas características físicas são maiores.
Presença de Materiais Estranhos – temos incluídos: 1. Terra e poeira do ar; 2. Óleo, graxa e resíduos do escapamento do motor; 3. Água salgada e condensação de ar saturado de água salgada; 4. Respingos ácidos da bateria e soluções cáusticas de limpeza; e 5. Resíduos de fluxos de soldagem (de vários tipos). É importante que a aeronave seja mantida limpa.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA CORROSÃO - Inclui as seguintes funções específicas: (1) Uma limpeza adequada; (2) Cuidadosa lubrificação periódica; (3) Detalhada inspeção, pesquisando a corrosão ou a falha dos sistemas de proteção contra a corrosão. (4) Tratamento rápido da corrosão e retoque das áreas pintadas danificadas; (5) Manutenção dos orifícios dos drenos desobstruídos; (6) Drenagem diária dos drenos de cada tanque de combustível; (7) Limpeza diária de áreas críticas expostas; (8) Vedação da aeronave contra água durante mau tempo e ventilação apropriada nos dias de bom tempo; (9) Fazer máximo uso de proteção (cobertura) nas aeronaves estacionadas.
 INSPEÇÃO - Inspecionar para descobrir a corrosão é um processo contínuo e deve ser conduzido como um assunto diário. Dar muita ênfase a um problema específico de corrosão para, posteriormente, relegá-lo ao segundo plano, costuma ser uma prática insegura, custosa e que trará mais problemas adiante.
ÁREAS PROPENSAS À CORROSÃO - Áreas posteriores aos dutos de escapamento - Tanto nos motores a jato como nos de pistão, os depósitos provenientes da exaustão são muitos corrosivos e causam problemas específicos, quando, descontinuidades, sulcos, dobradiças e carenagens estão localizadas em áreas posteriores aos dutos de escapamento desses motores, tal que depósitos possam ser formados e não possam ser alcançados pelos métodos normais de limpeza.
Compartimentos das baterias e orifícios de ventilação da bateria - A despeito do aperfeiçoamento das pinturas de proteção e nos métodos de vedação e aeração, os compartimentos das baterias continuam a ser áreas com problemas de corrosão.
Partes inferiores – As partes inferiores dos hidroaviões e aviões anfíbios são protegidas por pequenos sacos de dicromato de potássio, um inibidor da corrosão, suspensos próximos aos pontos mais baixos de cada compartimento inferior. Esses cristais dissolvem- se em qualquer água residual, e tendem a inibir o ataque em superfícies expostas do metal. Atenção particular deve ser dada para áreas localizadas sob as "galleys" (espécie de cozinha onde são preparados os lanches) e banheiros, especialmente, na área sob os dutos, por onde são retirados os dejetos humanos.
 Alojamento do trem de pouso e das rodas - Provavelmente esta área recebe mais agressão que qualquer outra, devido à lama, água, sal, cascalho, dentre outros materiais estranhos à aeronave. Durante uma inspeção destas áreas, dê particular atenção aos seguintes pontos problemáticos: (1) Rodas de magnésio; (2) Tubos rígidos expostos; (3) Microinterruptores ("microswitches") ou transdutores de posição e outros equipamentos elétricos; (4) Juntas entre reforçadores, cavernas e partes inferiores das superfícies de revestimento.
Áreas de acumulação de água - Especificações de projeto exigem que as aeronaves tenham drenos instalados em todas as áreas, onde a água possa ficar acumulada.
Área frontal dos motores e tomadas de ar de ventilação - Inspeções nessas áreas devem incluir todas as partes por onde circula o ar forçado (pelas hélices) de ventilação, com especial atenção aos lugares onde os depósitos de sal possam se acumular durante as operações próximas ao mar. É imperativo que a corrosão inicial seja inibida e que o retoque da pintura e a camada mais forte da proteção anticorrosiva seja mantida intacta, sobre as superfícies adjacentes ao motor, especialmente no caso de hidroaviões e aviões anfíbios.
Alojamentos dos flapes de asa e " Spoilers" - Sujeira e água podem ficar acumuladas nos alojamentos dos flapes de asa e "spoilers", e lá permaneceram desapercebidas, porque estes dispositivos ficam normalmente recolhidos. Por esta razão, estes alojamentos são áreas de problemas potenciais de corrosão.
Áreas do revestimento externo - Superfícies externas são prontamente visíveis e acessíveis para inspeção e manutenção. Mesmo nesse caso, curtos tipos de configurações ou combinações de materiais tornam-se problemáticos sob certas condições de operação e exigem especial atenção.
Áreas gerais de problemas - As cabeças dos rotores dos helicópteros e suas caixas de redução além do fato de serem continuamente expostas às intempéries, possuem superfícies de aço sem revestimento, muitas peças externas que se movimentam e contatos entre metais dissimilares. Essas áreas devem ser inspecionadas com freqüência para se descobrir se há corrosão.
REMOÇÃO DA CORROSÃO - Em geral, qualquer tratamento completo de corrosão envolve o seguinte: (1) Exposição e limpeza da área corroída; (2) remoção da maior parte possível dos resíduos da corrosão; (3) neutralização de qualquer material de limpeza residual nos orifícios e frestas; (4) restauração do revestimento de proteção das superfícies; e (5) aplicação de revestimentos, temporários ou definitivos, ou de pintura de acabamento.
Remoção da pintura e limpeza da superfície - A remoção da corrosão, necessariamente inclui, a remoção do acabamento da superfície que cobre a área atacada, ou suspeita de ter sido atacada pela corrosão.
CORROSÃO DE METAIS FERROSOS - Um dos tipos mais familiares de corrosão é o óxido de ferro (ferrugem), geralmente o resultado da oxidação atmosférica das superfícies de aço.
Remoção mecânica da ferrugem - O meio mais prático de controle da corrosão de peças de aço é a completa remoção dos produtos da corrosão, por meios mecânicos, e sua recuperação e proteção através de recobrimentos preventivos contra a corrosão.
Tratamento químico das superfícies de aço - Essas aplicações não são geralmente utilizáveis para aeronaves (mas para suas partes isoladas), posto que sua aplicação pode permitir que haja penetração do composto entre duas partes emendadas de uma montagem, o que é não somente indesejável como perigoso.
Remoção da corrosão das partes e das peças submetidas a esforços elevados – Qualquer indício de corrosão na superfície das partes e das peças de aço, submetidas a esforços elevados, são potencialmente perigosas. Uma cuidadosa remoção dos produtos da corrosão é exigida.
CORROSÃO DO ALUMÍNIO E DE SUAS LIGAS - Mesmo em seus estágios iniciais, a corrosão do alumínio torna-se evidente como uma mancha, "pits" (furinhos cônicos) ou rugosidade na superfície do alumínio. Entretanto, pelo menos três formas de ataque às ligas de alumínio são particularmente sérias: (1) A corrosão tipo "pit" (furinhos cônicos) profunda, através das paredes dos tubos de alumínio. (2) A corrosão sob tensão fraturante, trincando e rachando os materiais submetidos a esforços contínuos; e (3) A corrosão intergranular, característica de ligas de alumínio tratadas termicamente de maneira indevida.
Tratamento das superfícies de alumínio sem pintura - O alumínio puro tem relativamente mais resistência à corrosão, comparado com as suas ligas, com maior resistência mecânica. Tira-se partido dessa realidade para se laminar uma fina camada de alumínio puro sobre as duas faces de uma chapa, relativamente mais grossa, de uma liga de alumínio com alta resistência mecânica. Esse processo metalúrgico é chamado de "CLADDING" ou “ALCLAD”. A proteção assim obtida é boa e a superfície pode ser até polida.
Tratamento de superfícies anodizadas - Conforme previamente estabelecido, a anodização é um tratamento de superfície comum às ligas de alumínio. Quando esta cobertura for danificada em serviço, somente poderá ser parcialmente recuperada por tratamento químico da superfície.
Tratamento da corrosão intergranular em superfície de ligas de alumínio tratadas a quente - Como já foi de descrito, a corrosão intergranular é um ataque que ocorre na vizinhança do grão metálico da liga de alumínio, que foi imprópria ou indevidamente tratada a quente, resultando na precipitação de diferentes constituintes após o tratamento térmico. Na sua forma mais grave, realmente acaba ocorrendo separação da camada de metal ou esfoliação.
CORROSÃO DAS LIGAS DE MAGNÉSIO - O magnésio é, dos metais usados na construção aeronáutica, o mais quimicamente ativo; assim sendo, é também o mais difícil de ser protegido. O ataque corrosivo ao magnésio é, provavelmente, o mais fácil tipo de corrosão a ser detetado em seus estágios iniciais, posto que os produtos gerados durante o processo corrosivo, ocupam um volume várias vezes maior que o metal original destruído. O ataque inicial é mostrado pelo levantamento da pintura (descolamento) e pelo aparecimento de manchas brancas na superfície do metal.
Tratamento de forjados e de perfis conformados a partir de chapas de magnésio- O ataque corrosivo ao revestimento (chapa) de magnésio, geralmente começa pelas bordas desse revestimento, por baixo das arruelas dos rebites ou parafusos de fixação, ou em partes da chapa submetidas a excessiva deformação mecânica causada por cisalhamento (corte por tesoura), furação, abrasão ou impacto.
Tratamento das peças/partes existentes fabricadas com magnésio fundido - Peças de magnésio fundido, em geral, são mais porosas e mais propensas ao ataque corrosivo que os revestimentos de magnésio laminado (ou peças conformadas).
TRATAMENTO ANTICORROSIVO DO TITÂNIO E DE SUAS LIGAS - O ataque corrosivo às superfícies de titânio, é, geralmente, difícil de deteção. O titânio, é, por natureza, altamente resistente à corrosão, mas pode apresentar deterioração quando da ocorrência de depósitos de sal e impurezas de metal, particularmente em altas temperaturas. Assim sendo, a utilização de lã-de-aço (palhade-aço), desencrustadores metálicos, escovas de aço para limpeza ou para a remoção de corrosão dos componentes fabricados em titânio é proibida.
PROTEÇÃO DO CONTATO ENTRE METAIS DIFERENTES - Certos metais passam a apresentar sinais de corrosão quando colocados em contato com outros metais. É, comumente conhecido como corrosão eletrolítica ou corrosão entre metais diferentes. Dependendo dos metais envolvidos, somente o isolamento (pintura, graxa, verniz, etc.) de um ou ambos os metais, evita a corrosão.
Contatos que não envolvem magnésio - Para prevenir ou evitar contatos entre metais diferentes, não sendo nenhum deles o magnésio (ou suas ligas), utiliza-se a cobertura (pintura) de duas camadas de cromato de zinco antes da tinta base normalmente usada. Sua aplicação é feita por pincel ou pulverização e deve-se aguardar seis horas entre cada demão.
Contatos que envolvem o magnésio - Para prevenir ou evitar contatos entre dos metais diferentes, sendo um deles o magnésio (ou suas ligas), cada um deles é isolado da seguinte forma: pelo menos duas camadas de cromato de zinco são aplicadas em cada superfície.
LIMITES DA CORROSÃO - A corrosão, mesmo que suave, é um dano. Assim sendo, o dano causado pela corrosão é classificado, segundo quatro tipos padronizados, tal como qualquer outro dano: (1) Dano desprezível; (2) Dano reparável por um remendo; (3) Dano reparável por um reforço; e (4) Dano irreparável, necessitando substituição da peça, ou do componente. 41
MATERIAIS E PROCESSOS USADOS NO CONTROLE DA CORROSÃO
Acabamento do metal - Partes das aeronaves (peças), quase sempre recebem algum tipo de acabamento superficial, dado pelo fabricante. O principal propósito desse acabamento é prover uma resistência à corrosão; entretanto, acabamentos superficiais podem também ser aplicados para aumentar a resistência ao desgastes ou prover uma boa base aderente (primer) para a pintura. Na maioria dos casos, o acabamento original não pode ser restaurado fora de oficina, devido a dificuldades de utilização do equipamento e de outras limitações.
Preparação da superfície - Os tratamentos superficiais originais para peças de aço, geralmente, incluem um tratamento de limpeza para remover todos os traços de sujeira, óleo, graxa, óxidos e umidade. É necessário prover uma aderência eficaz, entre a superfície do metal e o acabamento final. O processo de limpeza pode ser, tanto mecânico, quanto químico. Na limpeza mecânica os seguintes métodos são empregados: escova de aço, palha-de-aço (lã-de-aço), lixa, jato de areia ou jato de vapor. A limpeza química é preferível em relação à mecânica.
Eletrodeposição (galvanoplastia) - A eletrodeposição é o processo de transferência de metal de um objeto para outro, por meios químicos e elétricos. Todos os processos de eletrodeposição são basicamente idênticos. O equipamento a ser usado consiste de um tanque ou banho, contendo uma solução líquida chamada de eletrólito, uma fonte de corrente contínua e um painel de controle.
Metalização por pulverização - A metalização por pulverização ("metal spraying") é a aplicação de metal fundido sobre uma superfície (base) sólida, por aspersão (borrifamento). É possível aspergir (borrifar) alumínio, cádmio, cobre, níquel, aço ou qualquer do vários metais usados no processo. Na indústria aeronáutica, o processo normalmente usado, é a cobertura de aço por alumínio para melhorar sua resistência à corrosão.
TRATAMENTOS QUÍMICOS - "Parco Lubrizing" é um tratamento químico para componentes de aço e ferro, o qual induz ao surgimento, na superfície do metal, de uma cobertura à base de fosfato, não-metálico e absorvente de óleo. É projetado, inicialmente, para reduzir o desgaste nas peças móveis.
Anodização - A anodização é o mais comum dos tratamentos das superfícies, das peças feitas de ligas de alumínio, que não sejam "cladeadas" (feitas de "alclad"). Basicamente, a chapa ou peça forjada (ou fundida) de liga de alumínio é fixada ao pólo positivo de um banho eletrolítico, onde a solução ou banho é composto de ácido crômico (ou outro agente oxidante), o que induz a deposição de uma cobertura de óxido de alúminio sobre a superfície do metal.
 Alodização - A alodização é um tratamento químico simples para todas as ligas de alumínio, para aumentar a resistência à corrosão e melhorar a aderência da pintura. Por causa da sua simplicidade, está substituindo rapidamente a anodização no reparo de aeronaves.
Tratamento químico da superfície e inibidores - as ligas de alumínio e de magnésio são protegidas, originalmente, por uma variedade de tratamentos superficiais. O aço deve ser submetido ao processo “PARCO LUBRIZING” ou ser oxidado de outra forma durante a fabricação.
Inibidor –
ácido crômico - Uma solução a 10% (em massa) de ácido crônico, ativada por uma pequena quantidade de ácido sulfúrico é particularmente eficaz no tratamento de superfícies expostas (corroídas) de alumínio. Pode também ser usada para tratar magnésio corroído.
Solução de dicromato de sódio – para tratamento de superfície de alumínio Soluções com essa mistura são menos agressivas que soluções de ácido crômico.
Tratamento químico de superfícies - Diversas misturas comerciais, baseadas no ácido crômico ativado, estão disponíveis sob a especificação MIL-C-5541 para tratamento fora da oficina de superfícies de alumínio, corroídas ou danificadas.
ACABAMENTO COM TINTAS PROTETORAS - Um acabamento bem feito com tinta protetora é a mais eficiente barreira entre a superfície do metal e o meio corrosivo. Os três tipos de acabamento por pintura, com tinta protetora mais comuns, são a base de: nitrocelulose, nitrocelulose acrílica e epoxy.
 LIMPEZA DA AERONAVE - Em geral, os tipos de agentes de limpeza, usados nas aeronaves são solventes, emulsões de limpeza, sabões e detergentes sintéticos. Sabões e detergentes sintéticos são indicados para limpezas suaves, enquanto, solventes e emulsões de limpeza são indicados para serviços pesados.
 Limpeza exterior - Há três métodos de limpeza exterior em aeronaves: (1) Lavagem úmida remover o óleo, a graxa ou os depósitos de carvão, assim como a maior parte das sujeiras, com excessão da corrosão e das coberturas por óxidos. (2) Lavagem seca usada para remover poeira, ou pequeno acúmulo de sujeira e terra, quando o uso de líquidos não é, nem desejável nem prático. (3) Polimento pode ser dividido em polimento manual ou polimento mecânico. O tipo e a extensão da sujeira, bem como a aparência final desejada, é que determinarão o método a ser usado.
 LIMPEZA DO INTERIOR DA AERONAVE - Manter a aeronave limpa por dentro é tão importante quanto mantê-la limpa por fora. A corrosão pode se estabelecer dentro de uma aeronave de forma mais grave que pela superfície externa, porque dentro da aeronave há mais áreas de acesso difícil, para limpeza.
Tipos de operações de limpeza - As principais áreas da aeronave que necessitam de limpeza periódica, são: Área da cabine dos passageiros, Áreas da cabine de comando, Banheiro e cozinha. Solventes e agentes não inflamáveis para limpeza da cabine: Detergentes e sabões, Produtos alcalinos de limpeza, Soluções ácidas, Desodorantes e desinfetantes Abrasivos, Produtos de limpeza a seco. Produtos combustíveis e inflamáveis: Solventes com alto ponto de fulgor, Solventes com baixo ponto de fulgor, Líquidos misturados.
Embalagens - Os líquidos inflamáveis deverão ser manuseados somente em embalagens aprovadas e devidamente rotuladas.
SOLVENTES DE LIMPEZA - Em geral, solventes de limpeza usados na limpeza de aeronaves devem ter um ponto de fulgor, no mínimo, de 105º F, caso haja possibilidade de explosão a ser evitada. Solventes clorados não são inflamáveis, porém são tóxicos; logo, precauções de segurança devem ser observadas para seu uso. O emprego de tetracloreto de carbono deve ser evitado.
Solventes para limpeza a seco - O solvente tipo "Stoddard" é o mais comum solvente, a base de petróleo, usado na limpeza de aeronaves.
Nafta alifática e aromática - Nafta alifática é recomendada para ser passada em superfícies limpas, pouco antes da pintura.
Solventes de segurança - Solventes de segurança, como o tricloroetano (ou metil clorofórmio), são usados para a limpeza geral e remoção de graxa.
Metil etil cetona (MEK) - O MEK serve também como solvente de limpeza para superfícies metálicas, bem como para a remoção de pintura em pequenas proporções.
Querosene - Usa-se o querosene, misturado com agentes de limpeza tipo emulsão, como emoliente de preservativos de cobertura, difíceis de serem removidos.
Compostos de limpeza para sistemas de oxigênio - Compostos de limpeza para uso em sistemas de oxigênio são feitos à base de álcool etílico anidro (desidratado), álcool isopropílico (fluido anticongelante), ou uma mistura de álcool isopropílico com freon. Não se pode usar esses fluidos dentro de tanques ou reguladores. Não use nenhum composto de limpeza que deixe uma cobertura oleosa, quando limpando equipamentos de oxigênio.
AGENTES DE LIMPEZA EM EMULSÃO - Compostos de solventes, e emulsão de água, são usados na limpeza geral de aeronaves. Solventes em emulsão são particularmente úteis na remoção de depósitos bastante adensados, como carvão, óleo, graxa ou alcatrão.
Agentes de limpeza em emulsão de água - Produtos disponíveis, sob a especificação MIL-22543 A, são compostos de limpeza em emulsão de água, para ser usado tanto em superfícies de aeronaves pintadas ou não pintadas.
Agentes de limpeza em emulsão de solvente - Um dos tipos de agente de limpeza em emulsão de solvente é o não fenólico e pode ser usado com segurança, em superfícies pintadas, sem afetar (amolecer) a pintura base.
PROCESSOS USADOS NA CONFORMAÇÃO METÁLICA - Há três métodos de confirmação metálica: (1) trabalhos a quente Quase todo aço é trabalhado a quente, a partir do lingote até um estágio de conformação intermediário; e, após trabalhado, tanto a frio quanto a quente, até a forma final. ; (2) trabalhos a frio trabalho de deformação mecânica do metal, realizado abaixo da temperatura crítica. Cria tensões residuais de endurecimento no grão deformado. ; e (3) extensão-extrusão. é um processo em que o metal é pressionado através de uma matriz, tomando sua forma. Alguns metais relativamente macios, como chumbo, estanho e alumínio podem ser extrudados a frio, mas geralmente os metais são aquecidos antes da extrusão, o que facilita o processo. A principal vantagem do processo de extrusão é a sua flexibilidade.
METAIS FERROSOS USADOS NA INDÚSTRIA AERONÁUTICA – Entre os materiais comuns a serem encontrados, estão aqueles chamados metais ferrosos, ou seja; ligas metálicas que têm o ferro como base, e mais alguns elementos de liga, que conferem ao produto final características especiais. Um índice numérico, estabelecido pela SAE (Society of AutomotiveEngineers) e pela AISI (American Iron and SteelInstitute), é usado para identificar composições químicas de aços estruturais.
O INCONEL-  é uma liga de níquelcromo-ferro com aparência bem próxima ao aço inoxidável.
METAIS NÃO FERROSOS DE UTILIZAÇÃO AERONÁUTICA - O termo "não ferroso" se refere a metais que tenham outros elementos, que não o ferro, como base da liga ou como principal constituinte. Esse grupo inclui metais como alumínio, titânio, cobre e magnésio, bem como ligas metálicas como MONEL e BABBIT.
Designação das ligas de alumínio - Alumínio ou ligas de alumínio trabalhadas (laminadas, forjadas, extrudadas, etc.) são designadas por um sistema de índices de quatro dígitos, sendo esse sistema dividido em três grupos distintos: o grupo 1xxx, o grupo 2xxx até 8xxx e o grupo 9xxx, sendo este último não usado até o presente. Os últimos dois dígitos do grupo 1xxx são usados para indicar, em centésimos de 1% acima dos originais 99% (de alumínio puro) designado pelo primeiro dígito. Assim, se os últimos dois dígitos forem 30, por exemplo, a liga poderá conter 99% mais 0,30% de alumínio puro, ou seja, 99,30%. Alguns exemplos seguem sobre esse grupo: 1100 - 99,00% de alumínio puro com um controle sobre impurezas individuais. 1130 -99,30% de alumínio puro com um controle sobre impurezas individuais. 1275 - 99,75% de alumínio puro com dois controles sobre impurezas individuais. No grupo que vai de 2xxx até 8xxx primeiro dígito indica o elemento de maior proporção na liga, conforme a convenção abaixo: 2xxx – cobre  3xxx – manganês  4xxx – silício  5xxx – magnésio  6xxx magnésio e silício  7xxx – zinco  8xxx - outros elementos Efeito dos elementos de liga - SÉRIE 1000 - 99% ou maior
 SÉRIE 2000 - O cobre é o principal elemento de liga  SÉRIE 3000 - O manganês é o principal elemento de liga
  SÉRIE 4000 - O silício é o principal elemento de liga, o que reduz sua temperatura de fusão
  SÉRIE 5000 - O magnésio é o principal elemento de liga  SÉRIE 6000 - O silício e o magnésio formam um composto (silicato de magnésio) que faz com que a liga seja termicamente tratável
 SÉRE 7000 - O zinco é o principal elemento da liga.
Identificação de dureza - Essas designações são as seguintes: F) como saídas da fábrica.            O) normalizada, recristalizada (somente produtos trabalhados a frio). H) endurecido por trabalho a frio. H1) endurecido por trabalho a frio somente (pode 45 ter um ou mais dígitos). H2) endurecido por trabalho a frio e parcialmente normalizado (pode ter um ou mais dígitos). H3) endurecido por trabalho a frio e estabilizado (pode ter um ou mais dígitos).
Identificação do tratamento térmico - Essas ligas são designadas por símbolos um pouco diferentes: "T4" e "W" indicam solução (sólido) tratada a quente e temperada, mas não envelhecida, e "T6" indica uma liga endurecida por tratamento a quente. W) Solução (sólida) tratada a quente, endurecimento instável. T) Tratado para produzir endurecimento estável, outros que não F, O ou H T2 - Normalizado (somente para produtos forjados). T3 - Solução (sólida) tratada a quente e, após, trabalhada a frio. T4 - Solução (sólida) tratada a quente. T5 - Somente envelhecida artificialmente. T6 - Solução (sólida) tratada a quente e, após artificialmente envelhecida. T7 - Solução (sólida) tratada a quente e, então estabilizada. T8 - Solução (sólida) tratada a quente, trabalhada a frio e, então, envelhecida artificialmente. T9 - Solução (sólida) tratada a quente, artificialmente envelhecida e, então, trabalhada a frio. T10 - Artificialmente envelhecida e, então, trabalhada a frio. Dígitos adicionais podem ser adicionados do T1 até o T10 para indicar a variação no tratamento, o qual significativamente altera as características do produto.
 Alumínio cladeado (cladding) - Os termos "ALCLAD” e “PURECLAD" são usados para designar chapas que consistem numa chapa interna de liga de alumínio, ensanduichada por duas chapas com espessura de 5,5% da espessura da chapa do miolo.
Titânio e ligas de titânio - O titânio foi descoberto por um religioso inglês chamado Gregot. Na construção ou reparo de aeronaves, otitânio é usado no revestimento de fuselagens, carenagens de motores, paredes de fogo, longarinas, estruturas primárias, reforçadores, elementos de fixação e dutos de ar. O titânio é usado para a fabricação de discos de compressores, anéis de espaçamento (de motor), palhetas do compressor (as fixas e as do disco), alojamento das turbinas e mais uma vintena de pequenas peças do motor. A aparência do titânio é a mesma do aço inoxidável. Um método rápido usado para identificar o titânio é o teste da centelha ou fagulha.
Designações do titânio - A classificação A-B-C das ligas do titânio foi estabelecida para dar um conveniente e simples método, para descrever todas a ligas de titânio. O titânio e suas ligas possuem três tipos básicos de cristais: A (alfa), B (beta) e C (combinação de alfa e beta). Suas características são:
A (alfa) - Bom desempenho geral, boa soldabilidade; resistente e forte, tanto frio quanto quente; resistente à oxidação.
B (beta) - flexibilidade; excelente ductilidade em flexão; forte, tanto frio quanto quente, porém vulnerável à contaminação.
C (combinação entre alfa e beta, com relação ao desempenho) – forte quando frio ou morno, porém fraco quando quente, boa flexibilidade, moderada resistência à contaminação; excelente forjabilidade.
Cobre e ligas de cobre - O cobre é um dos metais de mais vasta gama de emprego. É o único de cor avermelhada e o de melhor condutividade elétrica, após a prata. Sendo muito dúctil e maleável, o cobre é ideal para a confecção de fios e arames. É corroído por água salgada, mas não é afetado por água doce. A resistência máxima à tração, do cobre, varia muito. Para o cobre fundido, a resistência à tração é de 25.000 p.s.i., enquanto para o cobre laminado ou extrudado a resistência à tração sobe para uma faixa de 40.000 p.s.i. a 67.000 p.s.i. Na construção aeronáutica, o cobre é usado, principalmente nos sistemas elétricos, para barras de ligações elétricas, conectores e arames de freno. A principal liga de cobre é feita com o berílio. É de desenvolvimento relativamente recente contendo, cerca de 97% de cobre, 2% de berílio e níquel. Latão é uma liga de cobre contendo zinco e uma pequena quantidade de alumínio, ferro, chumbo, manganês, níquel, fósforo e estanho. Latão contendo 30% a 35% de zinco é muito dúctil, mas se essa percentagem subir para 45%, sua resistência aumenta bastante. O metal MUNTZ é o latão contendo 60% de cobre 40% de zinco. Tem qualidades excelentes de resistência à corrosão a água salgada. Sua resistência é aumentada por tratamento térmico.
MONEL - a principal liga tendo por metal base o níquel, combina as propriedades desse metal de alta resistência, à tração com excelente resistência à corrosão. Essa liga consiste de 68% de níquel, 29% de cobre, 0,2% de ferro, 1% de manganês e 1,8% de outros elementos. Não pode ser endurecida por tratamento térmico. O MONEL tem sido utilizado com sucesso para engrenagens e correntes para operar trens de pouso retráteis e para componentes estruturais sujeitos à corrosão. Em aviação, o MONEL é usado para componentes submetidos a esforços que exijam resistência á tração e à corrosão, como dutos de exaustão, além de partes de carburadores, como válvulas de agulha (dosadores).
K-MONEL - é uma liga não-ferrosa, contendo principalmente níquel, cobre e alumínio. É produzida pela adição de uma pequena quantidade de alumínio à formulação do MONEL. É resistente à corrosão e capaz de ser endurecido por tratamento térmico. O K-MONEL tem sido usado com sucesso em engrenagens e componentes estruturais de aeronaves que sejam sujeitos a ataques corrosivos. É uma liga não-magnetizável, qualquer que seja a temperatura a ser exposta. Chapas de K-MONEL podem ser soldadas com sucesso, tanto por solda elétrica, quanto por solda oxi-acetilênica.
Magnésio e ligas de magnésio - O magnésio, o metal estrutural mais leve que existe, é um metal cor prata esbranquiçada que pesa só dois terços do que pesaria uma peça de alumínio de mesmas dimensões.
REPOSIÇÃO DE METAIS DE UTILIZAÇÃO AERONÁUTICA - Na seleção de metais substitutos para a manutenção e reparo de aeronaves, é muito importante verificar o manual de reparos estruturais apropriado. Quatro requisitos devem ser levados em conta, quanto a seleção de metais substitutos. O primeiro, e mais importante deles, é a manutenção da resistência da estrutura original. Os três outros são: (1) Manutenção do contorno ou forma aerodinâmica; (2) Manutenção do peso o mais próximo possível do original (admitindo-se um pequeno acréscimo); e (3) Manutenção das características de resistência à corrosão.
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO TÉRMICO - O tratamento térmico é uma série de operações, envolvendo o aquecimento e o resfriamento de metais no estado sólido. Seu propósito é o de mudar as propriedades mecânicas ou a combinação de propriedades mecânicas, tal que o metal se torne mais adaptável e seguro para um propósito definido. Os tipos mais comuns de tratamento térmico para metais ferrosos são: têmpera, revenimento, normalização, recozimento e cementação. A maioria dos metais não ferrosos pode ser recozida e muitos deles podem ser endurecidos por tratamento térmico. Entretanto, há somente um metal não ferroso, o titânio, que pode ser cementado; porém nenhum pode ser revenido ou normalizado.
EQUIPAMENTO PARA TRATAMENTO TÉRMICO - A eficiência do tratamento térmico exige um controle acurado sobre todos os fatores que controlam o aquecimento e o resfriamento do metal.
Medida da temperatura e controle - A temperatura de um forno é medida através de um pirômetro, um instrumento termoelétrico. O pirômetro baseia-se na diferença de potencial criada por um par termoelétrico (termopar), tanto maior quanto maior for a temperatura. Um pirômetro completo é composto do termopar, cabos elétricos e medidor.
Aquecimento - O objetivo do aquecimento é transformar a perlita (uma mistura mecânica do carbono de ferro que existe numa condição microscópica) em austenita, tão logo o aço atinja uma temperatura crítica.
Resfriamento - A velocidade de resfriamento vai determinar a estrutura interna, que será mantida no aço submetido a tratamento térmico. Várias velocidades são estabelecidas em função dos resultados que se deseje obter. O ar calmo (ar ambiente) é um meio lento de refrigeração, mas é mais rápido do que o resfriamento, dentro (e junto) com o próprio forno.
Banhos - Os banhos têm ação somente pela sua capacidade de resfriar o aço. Não há nenhuma ação química, tampouco nenhuma qualidade é transferida do banho ao metal.
TRATAMENTO TÉRMICO DE METAIS FERROSOS - A primeira consideração importante no tratamento térmico de uma peça de aço é o conhecimento de sua composição química. Com isso ficará determinado o seu ponto crítico superior. Sendo o ponto crítico superior conhecido, a próxima consideração é a taxa de aquecimento e resfriamento a ser usada.
Comportamento do aço durante o aquecimento e o resfriamento - A mudança na estrutura interna de um metal ferroso ocorre pelo aquecimento a uma temperatura acima de seu ponto crítico, Em temperatura ambiente, o carbono participa do aço na forma de carboneto de ferro, como partículas espalhadas através da estrutura cristalina do ferro (ferrita). A quantidade, tamanho e distribuição dessas partículas determinam a dureza do aço. Em temperaturas elevadas, o carbono participa do aço dissolvido na estrutura cristalina do ferro, na forma de uma solução sólida chamada "austenita", aparecendo as partículas de carboneto somente após o aço ter sido resfriado.
Endurecimento (têmpera) - Ferro puro, ferro forjado ou aços com baixíssimo teor de carbono não podem ser apreciavelmente endurecidos pelo tratamento térmico, quando há pouco dos elementos capazes de endurecê-lo (carbono).
Revenimento - O revenimento reduz a fragilidade conferida pela têmpera, da mesma forma que introduz características físicas definidas ao aço.
Recozimento - O recozimento do aço resulta num metal de grão fino, macio e dúctil, sem tensões internas ou deformações. No estado de recozimento, o aço tem a sua menor resistência. Em geral, o recozimento é o oposto da têmpera. Normalização - A normalização remove as tensões internas causadas pelo tratamento térmico, soldagem, fundição, conformação mecânica ou usinagem em geral. A normalização é realizada pelo aquecimento do aço acima da temperatura do ponto crítico superior, sendo, após, resfriado ao ar.
CEMENTAÇÃO - A cementação é um processo que cria uma camada dura, resistente ao desgaste, sobre uma superfície ou envolvendo um miolo forte, mas flexível. A cementação é ideal para componentes que requeiram uma superfície resistente ao desgaste e, ao mesmo tempo, devam ser bastante flexíveis internamente para resistir as cargas aplicadas.
Carbonetação - A carbonetação comumente chamada cementação. É um processo em que o carbono é adicionado a uma superfície de aço de baixo teor de carbono.
Nitretação - Na nitretação, ao contrário dos outros processos de cementação, a peça é tratada termicamente antes da nitretação, para produzir o efeito final desejado, ou seja: a peça é endurecida (temperada) e revenida, antes de ser nitretada. Três métodos distintos de resfriamento são empregados. Aquele que vai ser usado depende da peça, da liga e das propriedades desejadas: Resfriamento em água fria, Resfriamento em água quente e Resfriamento por pulverização.
TRATAMENTO TÉRMICO DO TITÂNIO - O titânio é tratado termicamente com os seguintes objetivos: 1- Alívio das tensões adquiridas durante a conformação a frio ou usinagem. 2- Recozimento após trabalho a quente ou a frio (conformação) ou para consignar a máxima ductilidade para um posterior trabalho a frio. 3- Endurecimento térmico para aumentar a resistência.
TESTES DE DUREZA - Os testes de dureza são um método para determinação dos resultados de um tratamento térmico, assim como da condição de dureza do metal, antes do tratamento térmico. Incluem-se entre os mais conhecidos testes de dureza o BRINELL (usa uma esfera de aço muito duro, que é pressionada contra a superfície do metal) e o ROCKWELL (mede a resistência à penetração, do mesmo modo que o medidor BRINELL Porém, ao contrário de medir o diâmetro da marca da impressão, o medidor ROCKWELL de dureza mede a profundidade da penetração, sendo que a dureza é indicada diretamente na máquina).
Medidor BARCOL - é uma unidade portátil projetada para efetuar testes em ligas de alumínio, cobre, latão e outros materiais, relativamente macios. Não deve ser usado em aços aeronáuticos. 

Rússia planeja exportar este ano 140 helicópteros militares

Mi-38, helicóptero


A Rosoboronexport vai entregar, em 2013, a clientes estrangeiros 140 helicópteros de combate, no valor de cerca de 2,2 bilhões de dólares, informou um porta-voz da empresa numa exposição da indústria de helicópteros em Moscou.


Ele deixou claro que a exportação irá crescer mais de 50% em relação ao ano passado.
Segundo o representante da companhia, à gama de helicópteros fornecidos irão juntar-se três modelos básicos – o Mi-17, o Mi-38 e o Ka-62.

Fonte: Rádio voz da Rússia