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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

EUA preparam novo teste de avião militar hipersônico para 2013

lustração divulgada pelo Força Aérea americana exibe o X-51A Waveriderembaixo de uma das asas da aeronave B-52 Stratobomber. Foto: AFP

lustração divulgada pelo Força Aérea americana exibe o X-51A Waveriderembaixo de uma das asas da aeronave B-52 Stratobomber
Foto: AFP

O último de quatro protótipos de um avião militar não tripulado dos EUA projetado para voar a até seis vezes a velocidade do som deve ser testado no ano que vem, disse o gerente do programa na quarta-feira, meses depois da destruição de um dos modelos durante um teste.
O Waverider foi projetado para voar a pelo menos seis vezes a velocidade do som, o que permitiria, por exemplo, fazer a viagem entre Nova York e Londres em menos de uma hora. Analistas dizem que os militares pretendem direcionar esse programa para o desenvolvimento de mísseis com ogivas não-nucleares, para poder alcançar qualquer lugar do mundo no prazo de uma hora.
O terceiro protótipo do Waverider, ou X-51A, se desmanchou sobre o Pacífico segundos depois do início do teste, em agosto. Oficiais da Força Aérea dos EUA disseram na época não saber se e quando o quarto avião iria decolar. Resultados preliminares de uma investigação indicam que "uma questão aleatória de vibração" causou o acionamento precoce de um dos lemes do avião, provocando o acidente, disse a jornalistas numa teleconferência o gerente do programa X-51 no Laboratório de Pesquisas da Força Aérea, Charlie Brink.
"Não posso dizer conclusivamente que seja isso, mas está parecendo cada vez mais ser a causa", disse Brink, acrescentando que os investigadores rapidamente descartaram um defeito de software ou elétrico.
Brink disse que a investigação sobre o terceiro protótipo deve estar concluída até meados de dezembro. "Já estamos preparando o quarto veículo para o voo. Estamos fazendo essas coisas paralelamente. "Ele afirmou que os engenheiros já estão modificando o último protótipo do X-51A, para que possa voar no primeiro semestre de 2013.
O avião se chama Waverider ("cavaleiro da onda") porque se sustenta no ar em parte por causa do impulso gerado pelas ondas de choque do seu próprio voo. A divisão Phantom Works, da Boeing, projeta e monta os aparelhos, segundo os militares.
Um dos quatro aviões fabricados voou por mais de três minutos a quase cinco vezes a velocidade do som, em 2010, segundo a Força Aérea. Os protótipos são feitos para caírem no final dos testes, e não são considerados recuperáveis.
O avião começa seu voo a bordo de um bombardeiro B-52, e depois usa uma turbina especial com ar comprimido, feita pela Pratt & Whitney Rocketdyne. O custo da aeronave experimental não foi revelado, porque muitos detalhes do programa são sigilosos.

Comissão do governo avalia incidente com avião em Viracopos para evitar novos prejuízos ao país


 demora na retirada do avião cargueiro que, na semana passada, provocou a interdição da pista do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), por 48 horas, motivou o governo federal a constituir um grupo de trabalho específico para avaliar mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica e nos procedimentos operacionais adotados pelos principais aeroportos brasileiros.
Por causa do problema, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) multou em R$ 2,8 milhões, no último dia 19, a empresa norte-americana Centurion Cargo, dona do avião MD-11 cujo trem de pouso se quebrou durante o pouso em Viracopos. A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República estima que, ao provocar o cancelamento de quase 500 voos, o fechamento da pista causou prejuízo de cerca de R$ 3 milhões.
Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, a decisão foi tomada durante reunião de três horas e meia na qual os representantes da Casa Civil, da Anac, da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) avaliaram o acidente.
“Avaliamos o acidente, os problemas causados e como podemos, no futuro, melhorar os procedimentos e a regulação para termos um serviço cada vez melhor e mais seguro, além de mais velocidade na solução dos problemas”, disse Bittencourt, ao fim da reunião.
Segundo o ministro, “mesmos as experiências negativas são importantes para que possamos identificar problemas e avaliarmos que procedimentos e que regulações podem ser melhoradas”.
Evitando revelar as mudanças que começaram a ser discutidas para evitar futuros problemas, o ministro sugeriu que uma das ações sobre a qual o grupo de trabalho vai se debruçar será a obrigatoriedade de futuros investimentos a serem feitos tanto pelas empresas vencedoras de licitações para gerir aeroportos quanto pela própria Infraero.
Bittencourt justificou que nem todos os aeroportos mundiais têm um equipamento semelhante ao usado para remover o MD-11 e liberar a pista do aeroporto. “Esse tipo de equipamento é o mais adequado para este tipo de avião, naquele tipo de situação. Ele existe em poucos aeroportos mundiais. Nos Estados Unidos, ele só é encontrado em três locais. No Japão, como aqui no Brasil, só há um”, disse.
Segundo explicou, uma das alternativas a discutir é a necessidade da compra de mais um equipamento, definindo “onde faria sentido haver mais um e como fazer sua aquisição e utilização para, em termos de logística, atendermos a todo o país”. O ministro não descartou a hipótese de a própria Infraero arcar com os custos de adquirir o equipamento, estimado por ele entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.
Bittencourt afirmou ainda não haver nenhuma definição quanto outras possíveis punições à Centurion além da multa de R$ 2,8 milhões, aplicada pela Anac. A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Infraero ainda estudam a possibilidade de ingressar com uma ação indenizatória contra a empresa cargueira.

Fonte: Agência Brasil

Século XVIII - Século XIX


Aeronaves mais leves do que o ar


O primeiro voo bem sucedido de um balão de ar quente foi o da passarola construída por Bartolomeu de Gusmão, um português nascido no Brasil colonial que alçou voo em 8 de agosto de 1709 na corte de Dom João V de Portugal, em Lisboa. A experiência teria falhado apesar do invento ter se elevado acima do solo durante alguns momentos. Não sobreviveram descrições detalhadas do aparelho, provavelmente porque foram destruídas pela Inquisição, mas alguns desenhos fantasiosos da excêntrica aeronave estão impressos no periódico Wienerische Diarium de 1709. Segundo uma crônica do período o aparelho consistia em "um globo de papel grosso, metendo-lhe no fundo uma tigela com fogo", e teria voado por "mais de vinte palmos". No entanto a passarola possuiu pouca ou nenhuma influência nos desenvolvimentos bem sucedidos da aviação que viriam posteriormente.
O primeiro estudo de aviação publicado foi "Sketch of a Machine for Flying in the Air" (Rascunho de uma Máquina para Voar), de Emanuel Swedenborg, publicado em 1716. Essa máquina voadora consistia de uma fuselagem e duas grandes asas que se movimentariam no eixo horizontal da aeronave, gerando assim o empuxo necessário para a sustentação da aeronave. Swendeborg sabia que tal aeronave jamais voaria, mas disse que problemas existentes no desenho seriam futuramente resolvidos. Ele disse:
Cquote1.svgParece mais fácil falar de uma máquina capaz de voar do que construir uma capaz de alçar voo, porque isto requer o uso de maior quantidade de força do que o homem é capaz de gerar, e menos peso que existe em um corpo humano. A ciência mecânica talvez possa ajudar, com uma forte barra em espiral. Se estes requisitos forem cumpridos, talvez um dia saberemos melhor como usar este desenho e assim realizar as melhorias necessárias para tentar cumprir o que nós, atualmente, apenas conseguimos descrever. Temos provas suficientes e exemplos na natureza que voar sem perigo é possível, embora quando as primeiras tentativas sejam feitas, possivelmente teremos que pagar pela experiência, com um braço ou uma perna [quebrada].Cquote2.svg
A "forte barra em espiral" descrita por Swedenborg é o que atualmente chamamos de hélice. Swedenborg sabia que a sustentação e a maneira de gerar a tal sustentação seriam indispensáveis para a criação de uma aeronave capaz de voar por meios próprios.
Santos Dumont contornando a Torre Eiffelcom o dirigível número 6, o processo necessário para ganhar o Prêmio Deutsch. Foto cortesia da Smithsonian Institution(SI Neg. No. 85-3941).
O segundo voo humano de que se tem notícia foi realizado em Paris, em 1783 (o primeiro foi o do padre português Bartolomeu de Gusmão). Um doutor, Jean-François Pilâtre de Rozier, e um nobre, François Laurent d'Arlandes, fizeram um voo livre numa máquina: eles voaram por oito quilômetros em um balão de ar quente inventado pelos irmãos Montgolfier, fabricantes de papel. O ar dentro da câmara de ar do balão era aquecido por uma fogueira de madeira. O curso a ser tomado por tal balão era incontrolável, ou seja, voava onde quer que o vento o levasse. Esse balão, por ser pesado, alcançou uma altura máxima de apenas 26 metros. Os irmãos Montgolfier continuariam a fabricar outros balões. Os voos bem sucedidos dos balões dos Montgolfier fizeram com que o balonismo se tornasse muito comum na Europa ao longo do século XVIII. Balões permitiram o aprofundamento nos conhecimentos da relação entre altitude e a atmosfera. Inclusive Napoleão Bonaparte cogitou usar balões numa possível invasão francesa à Inglaterra, embora este uso não tenha sido concretizado.
Outros inventores passaram a substituir o ar quente por hidrogênio que é um gás mais leve do que o ar, mas mais perigoso pois tal gás explode com facilidade. Mesmo assim, o curso de tais balões não podia ser controlado, e somente a altitude continuou a ser controlável pelos aviadores.
No século XIX, em 1852, o dirigível foi inventado. O dirigível é uma máquina mais leve do que o ar com a diferença que, ao contrário do balão, seu curso poder ser controlado através do uso de lemes e de motores. O primeiro voo controlado em um dirigível aconteceu ainda no mesmo ano. Esse dirigível, inventado e controlado por Henri Giffard voou por 24 quilômetros, na França, usando um motor a vapor. Ao longo do fim do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, o dirigível foi uma opção séria e confiável de transporte. O dirigível chegou, inclusive, a ser usado na Primeira Guerra Mundial para efetuar bombardeios.